Bento XVI sai em defesa dos refugiados

Bento XVI apelou ontem à comunidade internacional e à Igreja para que ajudem a respeitar os direitos dos refugiados. “”Estes irmãos e irmãs procuram refúgio noutros países, animados pela esperança de voltar à pátria ou, pelo menos, de encontrar hospitalidade onde se refugiaram”, sublinhou o Papa na recitação do Angelus, este Domingo, no Vaticano. O Dia Mundial dos Refugiados assinala-se dentro a 20 de Junho. Na Praça de São Pedro, o Papa lembrou a responsabilidade de todos para com os milhares de pessoas que são obrigadas a fugir. “Enquanto lhes asseguro a minha oração e a constante solicitude da Santa Sé, desejo que os seus direitos sejam sempre respeitados e encorajo as comunidades eclesiais a irem ao encontro das suas necessidades”, exortou. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) estima em 8,4 milhões o número actual de refugiados no mundo (contra 9,5 milhões em final de 2004), ou seja, o número mais baixo desde 1980. Em 2005, o ACNUR prestou ajuda a 6,6 milhões de pessoas deslocadas no interior dos seus países devido a conflitos, um número que aumentou relativamente aos 5,4 milhões de 2004. O Comité Norte-Americano para os Refugiados e os Imigrantes (USCRI) considera por seu turno que o número de refugiados e requerentes de asilo passou a 12 milhões em 2005 contra 11,5 milhões no ano anterior, um aumento devido essencialmente à instabilidade no Iraque. Eucaristia Noutra parte da sua intervenção, Bento XVI falou da Solenidade litúrgica do Corpo de Deus, que na Itália e noutros países se celebrou no Domingo. “É a festa solene e pública da Eucaristia, sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo: o mistério instituído na Última Ceia e em cada ano comemorado na Quinta-Feira Santa, neste dia é manifestado a todos, circundado pelo fervor de fé e de devoção da Comunidade eclesial”, disse. “A Eucaristia – salientou o Papa – constitui o tesouro da Igreja, a herança preciosa que o seu Senhor lhe deixou. E a Igreja guarda-a com o máximo cuidado, celebrando-a quotidianamente na Santa Missa, adorando-a nas igrejas e capelas, distribuindo-a aos doentes e, como viático a quantos partem para a última viagem”. Bento XVI acrescentou que este tesouro, que se destina aos baptizados, não esgota o seu raio de acção no âmbito da Igreja: a Eucaristia é o Senhor Jesus que se dá para “a vida do mundo”. “É por isso que a festa do Corpo de Deus se caracteriza de maneira particular pela tradição de levar o Santíssimo em procissão, um gesto rico de significado. Levando a Eucaristia através das ruas e praças, queremos imergir o Pão descido do céu na quotidiano da nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós caminhamos, viva onde nós vivemos. O nosso mundo, a nossa existência, devem tornar-se o seu templo”, frisou o Papa. No final do encontro, Bento XVI quis saudar nas suas línguas as dezenas de milhares de peregrinos, presentes na Praça de S. Pedro, entre os quais “os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial o grupo do Instituto de Cultura de Portimão, cujas intenções e família incluí nesta minha oração e Bênção”. “Sede fortes na fé e generosos no bem, pondo a render os talentos recebidos de Deus”, concluiu.

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