D. Virgílio Antunes fala em «momento intenso de significado» para a cidade e o país
Coimbra, 17 set 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou hoje que a celebração dos 700 anos do culto da Imaculada Conceição em Portugal, iniciado na diocese, “é um momento de muita relevância para a história e para a vida” da cidade e do país.
“A partir deste lugar tão emblemático e tão significativo cresceu, desenvolveu-se, propagou-se o culto da Imaculada Conceição em Portugal. Com certeza fazendo-se eco do que já ia acontecendo em vários países da Europa”, explicou D. Virgílio Antunes, na conferência de imprensa de apresentação do programa de comemoração.
O bispo de Coimbra considerou que este é um “momento intenso de significado, também histórico”, sublinhando que “também diz respeito à vida de Coimbra, à vida de Portugal e de modo muito especial à vida da Igreja”.
Neste contexto, D. Virgílio Antunes escreveu a nota pastoral ‘Maria, imagem da esperança’, para assinalar esta efeméride, com apontamentos históricos e considerações sobre a devoção mariana na Igreja Católica.
“Particularmente neste tempo de debilidade face à pandemia, Maria, enquanto mulher e Igreja, tem uma palavra e um testemunho a face às apreensões de toda a humanidade”, destaca.
O bispo de Coimbra escreve que Maria ensina os católicos a “buscar em Deus as seguranças para viver” e, como “exemplo de santidade”, num contexto de “tanto materialismo, egoísmo e relativismo moral”, convida ao “serviço desinteressado da caridade” para com os irmãos e tornar-se “sinceros buscadores da Verdade”.
D. Virgílio Antunes termina a sua nota pastoral com um “apelo à toda a diocese”, nas suas diferentes comunidades, para que “acolham” esta celebração dos 700 anos do culto da Imaculada Conceição como “momento importante da vida e da história”.
A 17 de outubro de 1320, o bispo de Coimbra, D. Raimundo Evrard, assinou uma constituição diocesana que introduziu o culto da Imaculada Conceição em Portugal; nesse mesmo ano, a 8 de dezembro, foi celebrada pela primeira vez em Portugal a solenidade da Imaculada Conceição, na Sé Velha de Coimbra, que se tornou então o polo irradiador deste dogma mariano.
“Ainda longe de encerradas as discussões teológicas acerca da Imaculada Conceição da Virgem Maria, que durou muitos séculos, estava já, de algum modo, a fazer-se o caminho que culminaria na definição dogmática proclamada pelo Papa Pio IX, em 1854”, assinala D. Virgílio Antunes na sua nota pastoral.
CB/OC