Um novo espaço destinado à “mobilidade humana” no Funchal vai entrar em funcionamento dentro de dias, na sequência do anúncio feito em Fevereiro deste ano por D. Teodoro de Faria, em artigo publicado no Jornal da Madeira. «Dentro de algum tempo, esperamos inaugurar a sede de acolhimento aos imigrantes, sala concedida pela Câmara Municipal do Funchal e apetrechada com ofertas da Diocese e de vários benfeitores», explicava o prelado. A Igreja é «pátria onde ninguém é estrangeiro», sublinhava o Bispo do Funchal no citado artigo em que pedia respeito pelos novos imigrantes. «A Igreja pede aos cristãos para reforçarem a cultura de acolhimento, da relação quotidiana, não se deixando invadir pelo medo e separação entre uns e outros. É preciso investir na integração, na solidariedade e na justiça, até para diminuir a mancha que caiu sobre nós, por causa das injustiças, represálias e opressão aos imigrantes quando não dominavam a nossa língua para se exprimirem e desconheciam as leis para se defenderem. Confiaram sempre na Igreja e nas instituições de solidariedade social estabelecidas entre nós», frisava então D. Teodoro de Faria. O espaço a inaugurar esta semana funcionará em regime de voluntariado e no período pós-laboral. Entre as questões ou problemas que mais suscitam a procura de apoio por parte dos imigrantes e junto da Igreja diocesana destacam-se a falta de pagamentos dos ordenados, exploração laboral, problemas de racismo, exclusão e ajuda na aquisição de documentos com vista à regularização.