Alertas contra a torre de Babel

Bispo do Funchal aos jovens Cerca de uma centena de jovens da paróquia da Sé e doze adultos de outras localidades, receberam ontem o Sacramento do Crisma, na Catedral do Funchal, em cerimónia presidida por D. Teodoro de Faria. Na mensagem dirigida aos jovens, o bispo do Funchal apelou aos mesmos que não “procureis a torre de babel que em nossos dias impera, na nossa sociedade consumista, procurai antes os louvores de Deus segundo o Espírito de Pentecostes”. O Bispo diocesano fez questão de sublinhar a cerimónia como “um dos momentos mais alegres do meu ministério sacerdotal” e lembrou que “durante estes 24 anos de ordenação episcopal tive o prazer de crismar milhares de jovens; a celebração deste Sacramento pode fazer-se independentemente da missa; nunca deixei crismas a meio para ir para outra cerimónia oficial ou religiosa; e dei-lhe todo o tempo que era necessário, nunca lhe faltando ao respeito nem à consideração”. Na homilia, e em referência às leituras do domingo de Pentecostes, D. Teodoro de Faria explicou que a tentação de construir a torre de Babel ou a cidade da Babilónia (no actual Iraque, e muitos séculos a.C.), continua nos nossos dias: “Os homens nesse tempo, num acto de soberania e ao mesmo tempo de secularização”, decidiram “romper com Deus”. No Pentecostes, encontramos também uma multidão; mas, enquanto no Cenáculo se louvaram as maravilhas divinas, “cada um na sua própria língua”, na torre de babel, construíram-se uma cidade e uma cultura contra Deus. “De que lado é que vos quereis colocar?”, perguntou o bispo do Funchal aos jovens. “Todas as forças que se querem louvar a si próprias abstraindo-se de Deus, têm a vida curta”, advertiu. A cultura actual também padece desta tentação mas “a alma humana nunca sentiu tanta necessidade de Deus como hoje e vai procurar uma relação com o sobrenatural muitas vezes através de formas erradas, como as seitas, a new age ou as superstições”. A linguagem do Pentecostes é a mais entendida por todos, é “amor e paz”, ao contrário da babilónia que se rege pela confusão, “divisão, guerra e ódio”, disse D. Teodoro de Faria naquela cerimónia.

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