Famílias desresponsabilizam-se da educação das crianças

Presidente da CNIS lamenta delegação de tarefas nas Instituições O Pe. Lino Maia, presidente da CNIS, lamentou o “alheamento progressivo dos pais” em relação à educação das crianças no nosso país. “Os pais, por razões várias, entregam as crianças às Instituições e não acompanham o crescimento dos seus filhos, não transmitindo valores e alheando-se dessa responsabilidade”, refere em declarações à Agência ECCLESIA, no Dia Internacional da Criança. “Nós temos uma missão subsidiária, há responsabilidades que não nos podem ser imputadas”, assinala. Das cerca de 2500 Instituições Particulares de Solidariedade Social da Confederação, mais de metade tem valências que trabalham directamente com crianças, para além das que as acolhem em permanência. O Pe. Lino Maia admite que a missão das Instituições é “muito importante”, mas não podem “substituir a família, os pais”. Neste dia de festa da infância, o presidente da CNIS lembra os casos das crianças “que não têm acesso à escola, a uma formação integral”, para além das vítimas de maus tratos, no nosso país. “Estas são preocupações que nos atormentam”, confessa. Sobre os casos de crianças institucionalizadas, este responsável frisa que “sobretudo nas zonas periféricas das grandes cidades e nos bairros sociais, vai aumentando o número de crianças que não conhecem o pai, mesmo a mãe, e são criadas sem essa referência de harmonia e responsabilidade”. “Nestes casos, como noutros, as Instituições são muito importantes, mas eu apelava para que as pessoas percebam que gerar um filho é, de algum modo, ser cooperador de Deus. Era importante que os casais sentissem que a sua obrigação não é apenas gerar, é sobretudo acompanhar, promover, criar condições para um desenvolvimento integral”, conclui o Pe. Lino Maia.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top