Bispo de Vila Real chega aos palcos da cidade

Estreou este Domingo, no Teatro de Vila Real, a oratória “Travessia”, cujo texto, marcadamente épico, é da autoria do Bispo de Vila Real, D.Joaquim Gonçalves e música do Pe. Joaquim dos Santos. A execução esteve a cargo da Orquestra do Norte e o Coral de Chaves. A iniciativa integrou-se nas celebrações solenes do 75ºAniversário da fundação do Seminário de Vila Real e na homenagem ao Bispo Diocesano, a celebrar as Bodas de Prata episcopais. Presentes estiveram outros Bispos que frequentaram o referido seminário: D. Gilberto Canavarro Reis, Bispo de Setúbal; D. António Marto, Administrador Apostólico de Viseu, e D. Amândio Tomás, bispo auxiliar de Évora. A sala do grande auditório esgotou completamente, ficando muitos pedidos por satisfazer, uma vez que uma parte significativa dos bilhetes havia sido oferecida às autoridades, grupos artísticos do concelho, coros paroquiais e membros do clero que nessa tarde se reuniram no Seminário. A abrir o concerto, o Pe. Castro Fontes, Vigário Geral da Diocese, saudou o público e apresentou os objectivos daquele concerto – homenagear o Seminário como “a escola dos pobres”” pois foi ali que um número de jovens transmontanos de condição modesta ou sem fácil acesso ao ensino médio e superior ncontrou saída para o percurso académico -, e dar início à celebração das bodas de prata episcopais do Bispo da Diocese, D. Joaquim Gonçalves, autor do texto. “Travessia” desenvolve-se em quatro quadros, dos quais se apresentaram ontem os primeiros três, estando o quarto já composto e entregue para apresentação oportuna. O título da peça deve-se ao facto de ter utilizado o esquema bíblico da viagem do povo judeu pelo deserto e, nessa metáfora da travessia, faz-se um comentário à terra transmontana. O 1º quadro descreve as mini-regiões do distrito/diocese, desde o Barroso até ao Douro, do Baixo Tâmega à Terra Quente, passando por Chaves ,Vila Pouca, Vila Real e pelo Seminário. Essas localidades são ali designadas por “tribos” para respeitar a tonalidade bíblica do texto e para acentuar o percurso histórico e laboral de cada uma. Dessas mini-regiões. Esse quadro termina com um grande coral em honra de “um só povo” que “do rio Douro ao alto da fronteira, em descampado, sob um céu aberto, caminha e enche todo o espaço, percorre o mundo, faz do longe perto” , numa alusão clara ao espírito transmontano e à forte mobilidade da sua gente. O 2º Quadro esboça em traços fortes as “Tentações do deserto” ou seja a transição da vida pastoril dos “castros e vezeiras” e da cultura rural para um estilo de vida urbana. o 3º , “Frutos da Terra prometida”, é um quadro lírico sobre as belezas naturais de Trás-os-Montes. Como refere o guião do concerto, o texto de abertura, o 1º e o 3º Quadros são predominantemente descritivos da paisagem e história transmontana, o 2º contém uma discreta crítica social que será retomada no 4º Quadro. Redacção/Manuel Linda

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