Ideologia secularista na mira do Papa

Bento XVI afirmou hoje, no Vaticano, que a Igreja deve estar preparada para fazer face aos “efeitos perversos do secularismo” em vários países do mundo. Recebendo os Bispos da área atlântica do Canadá, o Papa fez referência à “grandiosa herança” deste país, que tem no seu centro “o dom inestimável da fé em Cristo”. Como em muitos outros países, contudo, essa herança é ameaçada pela secularização, com que se procura, segundo o Papa, “promover uma visão da humanidade separada de Deus e indiferente à Palavra de Cristo”. O resultado, afirmou, é o obscurecimento da esperança para os homens e as mulheres do nosso tempo. “Um dos mais dramáticos sintomas destas mentalidade – disse Bento XVI – é a quebra da taxa de natalidade”. Este clima de “inquietante testemunho de incerteza e temor”, mesmo que nem sempre consciente, está, para o papa, “em completo contraste com a experiência definitiva do verdadeiro amor, que pela sua natureza é marcado pela confiança, procurando o bem da pessoa amada e olhando para o eterno”. Como consequências da “ideologia secularista”, Bento XVI apontou “ambiguidades e muitos males sociais”, pedindo que os Bispos sejam capazes de “educar as consciências e afirmar a dignidade da pessoa e da sociedade humana”. “Nas áreas que mais sofrem com as penosas consequências do declínio económico, como o desemprego e a emigração forçada, as autoridades eclesiais dão muito fruto quando, no âmbito do bem comum, procuram generosamente apoiar as autoridades civis”, concluiu o Papa.

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