O Vigário Geral da Diocese de Cabinda refuta publicamente a xenofobia sentida nas afirmações de um padre local independentista. O Pe. Millan Dernitchek, de nacionalidade checa, exprimiu esta posição em carta aberta dirigida ao congénere autor das tais declarações, P. João Brito Mayamba. “Jamais repita que Cabinda não é terra para o padre Millan (pois) não está a dizer a verdade, mas sim, a mentir o povo”, escreveu o vigário. A carta frisa contudo a irmandade com o destinatário e convida-o ao trabalho conjunto mútuo para o bem da região. Também, vinca o apego do Vigário às posições da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), radicadas na defesa de uma solução pacífica e legal do caso da reivindicação da autonomia ou independência de Cabinda. O Vigário recordou que sempre manifestou “contra métodos violentos como ameaças de morte, ofensas corporais, mentiras, difamações e vinganças” para a resolução dos problemas da região província petrolífera de Angola. A carta surge na sequência de mais um distúrbio protagonizado no último Domingo, quando o grupo de padres “independentistas” tentaram celebrar uma missa proibida previamente pela autoridade pública.