2800 km em bicicleta para ver Bento XVI

Militares portugueses já estão no meio de Espanha e apenas tiveram um furo Nas comemorações do cinquentenário das Tropas Pára-quedistas, um grupo de militares resolveu fazer a ligação entre Fátima e o Vaticano de bicicleta. A iniciativa não é inédita – no Ano do Jubileu, em 2000, seis militares foram ao Vaticano – mas como Bento XVI na sua Mensagem da Paz pede-lhes “para que sejam construtores da paz, esta é uma forma de lhe agradecer” – realçou à Agência ECCLESIA o Tenente – Coronel Artur Ferreira, chefe desta equipa. Estes ciclistas iniciaram o trajecto em Fátima, dia 13 de Maio, mas a partida real deu-se no dia seguinte na Base de Tancos. Depois de mais uma etapa – cerca de 150 Km – os ciclistas já estão na província de Burgos, relativamente perto de Valladolid (Espanha), e treinaram durante alguns meses. “Até ao momento não existem baixas e tivemos apenas um furo” – sublinhou o responsável. O lema da peregrinação é “Pedalar com Maria, sermos construtores de Paz”. Os Pára-quedistas estão à frente da iniciativa mas se a nível militar “fosse mais divulgado e existissem mais possibilidades – a logística não é fácil – haveria mais militares a participar” – disse o Tenente – Coronel Artur Ferreira. Depois de alguns entraves iniciais, a comitiva é formada por 12 ciclistas, 3 condutores, 1 massagista e 4 viaturas. Destes, quatro são deficientes das Forças Armadas e três vão apenas até ao Santuário de Lourdes (França) para participar na peregrinação militar internacional. No final do percurso – cerca de 2800 Km – os peregrinos das duas rodas participam na audiência geral de Bento XVI, a 31 de Maio. O bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, não pedala com os militares mas “apoiou-nos desde a primeira hora” – afirmou. E acrescenta: “deixou-nos uma mensagem a dar-nos alento. Depois das centenas de quilómetros percorridos, Artur Ferreira relatou que têm recebido muito apoio das populações. “As pessoas batem palmas e mostram o seu calor humano e dizem: força, força”. As viaturas estão identificadas e o equipamento é igual para todos sendo oferecido por uma casa de doces de Azeitão. E brinca: “temos de comer açúcar senão o corpo não mexe”. O destino é Roma mas Artur Ferreira ainda não sabe o que dirá a Bento XVI. E recorda um episódio: “o ano passado estive frente a frente com ele mas não lhe disse nada. Bento XVI sorriu e abençoou-nos”. Para este ano “tenho de estudar a lição melhor” – apurou. Artur Ferreira é natural do Porto – actualmente vive no Entroncamento – mas desenvolve actividades pastorais na sua paróquia. Os restantes peregrinos são naturais de vários pontos do país mas uma coisa têm em “comum a fé em Jesus Cristo”. E finaliza: “rezamos à partida e rezamos à chegada”.

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Agência ECCLESIA

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