O Bispo auxiliar de Braga, D. António Santos, desafiou este Domingo os finalistas do pólo de Azurém da Universidade do Minho (UM) a «colocarem o saber, talento e valor ao serviço do bem comum». Perante uma plateia que lotou a igreja paroquial de São Pedro de Azurém, em Guimarães, onde teve lugar a tradicional bênção de finalistas, o prelado pediu aos estudantes que sejam «testemunhos permanentes do amor de Deus». «A Igreja pede-vos e o mundo exige que, com o vosso saber e a vossa vida, sejais dons da sabedoria de Deus e testemunhas do amor de Deus para com humanidade. É talvez pedir- vos muito, mas é aquilo que a nossa sociedade mais precisa». Esta foi a principal mensagem dirigida ontem por D. António Francisco dos Santos, em Guimarães, aos jovens finalistas da UM, apontando a necessidade de a sociedade ler nos diplomas de curso «os traços da bondade, os segredos da sabedoria e as cores predominantes da beleza de Deus». Pedindo aos estudantes para não terem medo do desafio, o prelado evidenciou que a presença na celebração da Eucaristia mostra que a Universidade também os preparou para este «testemunho de coerência de vida ao serviço dos valores mais elevados que configuram o rumo de futuro». «Fazei, caríssimos finalistas, que convosco a ciência e a técnica estejam sempre ao serviço da vida e do bem», solicitou o Bispo auxiliar de Braga. Recordando as expressões do Evangelho “permanecei em mim e eu permanecerei em vós” e “eu sou a videira, vós sois os ramos e a glória do meu Pai é que deis muitos frutos”, D. António dos Santos exortou ainda os alunos finalistas do pólo de Azurém da UM a permanecerem «sempre unidos a Cristo, emprestando à vida e ao trabalho o encanto e entusiasmo do amor de Deus». Desafiando permanentemente os jovens a colocarem o seu saber ao serviço do bem comum, o prelado bracarense advogou que «uma sociedade que não tem amor à educação, à cultura e à fé não tem futuro ». Convidando os jovens a «regressar à Eucaristia em permanência para que a bênção recebida alimente» o seu viver, o Bispo auxiliar de Braga alertou ainda que «a autêntica sabedoria e a verdadeira esperança não se encontram nas coisas». Felicitando os finalistas pelo esforço realizado e pelo estudo persistente, em nome da Igreja e da Arquidiocese de Braga, o prelado estendeu a homenagem de gratidão aos pais, familiares e amigos, que ontem lotaram a igreja de Azurém e olharam os estudantes com particular ternura e redobrado encanto. No coração do mês de Maio, pleno de encanto mariano, com imensos corações de mães a transbordar de felicidade, D. António dos Santos também não esqueceu as dificuldades dos tempos presentes. «Sofremos com todos quantos têm cursos, mas não têm trabalho», disse, pedindo aos estudantes que «não deixem instalar o medo do futuro», acreditando sempre «que a sociedade tem imenso a aprender e a receber » destes estudantes. «Desejo que sejais arautos de uma sociedade nova, porque todos precisamos do vosso saber, engenho e arte. Cristo conta convosco. A sociedade precisa de vós», concluiu. A organização da cerimónia esteve a cargo da Pastoral Universitária e da Associação Académica da Universidade do Minho do pólo de Guimarães.