O antigo secretário pessoal do Papa João Paulo II defendeu hoje, em Fátima, que o mundo mudou desde 1981, data do atentado ao Papa, de que o Cardeal Stanislaw Dziwz também foi testemunha. Vinte cinco anos após o turco Ali Agca ter disparado contra João Paulo II, na Praça de São Pedro, o Cardeal Dziwz relevou, esta manhã, na homilia proferida no decorrer da celebração eucarística do 13 de Maio, as muitas coisas que mudaram na Europa e no mundo desde 1981, até ao dia de hoje”, exemplificando com o “comunismo ateu que foi derrotado e hoje os povos oprimidos podem viver em paz”. “João Paulo II acreditava que uma mão disparou, mas outra guiou a bala”, lembrou o Cardeal Stanislaw Dziwz. O antigo Secretário pessoal de João Paulo II acentuou que “há 25 anos graças a protecção de Maria aconteceu um milagre. Foi salvo o Papa João Paulo II gravemente ferido pela má bala mortífera do sicário”. Após o atentado, João Paulo II “pediu o envelope que continha a 3ª parte do segredo de Fátima e logo pensou na consagração mundo ao Coração Imaculado de Maria”, referiu. Por seu lado “a irmã Lúcia confirmou que o acto de consagração correspondia aquilo que Nossa Senhora queria”. Segundo o cardeal, que agora tem a seu cargo a condução pastoral da diocese de Cracóvia, na Polónia, e para a qual pediu a protecção de Nossa Senhora de Fátima, “houve demasiado sangue e horrores espalhados pelo mundo porque os pedidos de Nossa Senhora ainda não tinham sido acolhidos”.Nesta manhã de Sábado o arcebispo quis agradecer a João Paulo “pela sua sabedoria, docilidade e coragem”. “Vim para agradecer o extraordinário dom de Deus que se manifestou no pontificado de João Paulo II. Um pontificado vivido, repetindo em cada dia o mote «tottus tuus Maria» (Todo teu Maria)”, sublinhou.