Francisco sublinha ainda preocupação com o ambiente, no desconfinamento
Cidade do Vaticano, 21 jun 2020 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à proteção dos refugiados durante a pandemia, um dia depois da celebração da jornada que lhes é dedicada, pelas Nações Unidas.
“A crise provocada pelo coronavírus evidenciou a exigência de assegurar a proteção necessária às pessoas refugiadas, para garantir a sua dignidade e segurança”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
O número de pessoas forçadas a fugir em todo o mundo devido a conflitos, perseguições e outras violências chegou a 79,5 milhões em 2019, segundo dados da ONU.
Francisco convidou os presentes a unir-se à sua oração por “um compromisso renovado e eficaz de todos em favor da proteção efetiva de cada ser humano, em particular quantos são obrigados a fugir por causa de situações de grave perigo para elas e as suas famílias”.
O Papa decidiu acrescentar três invocações à Ladainha de Nossa Senhora, uma delas dedicada aos migrantes: “Mater Misericordiae” (Mãe da Misericórdia), “Mater Spei” (Mãe da Esperança) e “Solacium migrantium” (Conforto ou Ajuda dos Migrantes).
Perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o pontífice apelou hoje a uma reflexão sobre a relação homem-ambiente, após o confinamento provocado pela Covid-19 que “reduziu a poluição e fez redescobrir a beleza de tantos lugares, livres do trânsito e do ruído”.
“Agora, com o regresso das atividades, todos teremos de ser mais responsáveis pelo cuidado com a casa comum”, acrescentou.
Francisco agradeceu as várias pessoas que promovem iniciativas “desde baixo” para a proteção da natureza, desejando que estas possam “favorecer uma cidadania cada vez mais consciente deste bem comum essencial”.
OC