No Dia Mundial do Refugiado, JRS e PAR prestam homenagem «a todos as pessoas forçadas a fugir» do seu país
Lisboa, 20 jun 2020 (Ecclesia) – O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS Portugal) e a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) reafirmam que a “verdadeira ‘crise dos refugiados’” está “nos países terceiros de conflito”, e não na Europa, num comunicado no Dia Mundial do Refugiado.
“A União Europeia tem o desafio de criar vias legais e seguras de acesso ao seu território e evitar a morte de milhares de pessoas que se encontram em situação de desespero e que arriscam a sua vida em travessias inseguras, por mar e por terra, na esperança de encontrar uma oportunidade de reconstruir a sua vida”, alertam as duas organizações, para quem “urge encontrarem-se soluções duradouras”
No comunicado conjunto enviado hoje à Agência ECCLESIA, o Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Plataforma de Apoio aos Refugiados explicam que é importante “reconhecer o direito a procurar proteção internacional”, em território europeu, às pessoas que “não se podem fazer valer dessa proteção dos seus próprios países” e “reafirmar a solidariedade” na resposta europeia à chegada de migrantes ao seu território”.
“Temos o dever, enquanto europeus, de ajudar a Grécia, Itália e Malta e esforçarmo-nos por atingir um consenso em relação a uma política europeia de redistribuição solidária e que garanta os direitos fundamentais das pessoas acolhidas”, acrescentam.
O Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Plataforma de Apoio aos Refugiados explicam que estão hoje a celebrar o Dia Mundial do Refugiado 2020 em “homenagem a todas as pessoas forçadas a fugir do seu país”.
“Estima-se que cerca de 1% da população mundial tenha sido forçada a abandonar a sua casa para sobreviver a conflitos armados, a perseguições e outros atos de violência que caracterizam o dia-a-dia de 79.5 milhões de pessoas”, assinalam.
O JRS Portugal e a PAR apelam à capacidade de construir comunidades que “permitam dar uma oportunidade” a quem procura encontrar uma vida melhor em Portugal, lembrando que a criação da Plataforma de Apoio aos Refugiados, em 2015, “é a prova do papel essencial da sociedade civil” nas respostas de acolhimento e integração de refugiados.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Refugiado a 20 de junho, no ano 2000: O Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Plataforma de Apoio aos Refugiados estão a assinalar este dia com o movimento de sensibilização #oquenosune, que poder ser acompanhado nas redes sociais ds organizações envolvidas: JRS, PAR, Humans Before Borders, Meeru, ComParte, Speak, Fó rum Refúgio e Comité Olímpico de Portugal.
A Igreja Católica assinala o Dia Mundial do Migrante e Refugiado a 27 de setembro, este ano com o tema ‘Forçados, como Jesus Cristo, a fugir’, e, esta quinta-feira, o Papa Francisco pediu o fim de “medos e preconceitos” em relação aos migrantes, num vídeo de preparação da 106.ª edição.
CB