Crise traz solidariedade popular

Recolha de Banco Alimentar foi maior este ano A confiança depositada nos Bancos Alimentares Contra a Fome como uma entidade onde podem “escoar a sua generosidade”, justifica o êxito obtido, este fim de semana, na recolha de alimentos realizada em 591 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Porto, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima e S. Miguel e pela primeira vez nas Caldas da Rainha/Óbidos. Os Bancos Alimentares recolheram no passado fim-de-semana um total de 1.135 toneladas de géneros alimentares (um acréscimo de 11,7 % em relação a Maio de 2005), e espera-se ainda o resultado da campanha realizada através da nova modalidade de recolha adaptável a estabelecimentos de menor dimensão, designada “Ajuda-Vale”, que se prolongará ainda durante mais uma semana. Segundo Isabel Jonet, da organização, essa nova modalidade “poderá trazer mais 20 toneladas, o que não será muito mais significativo”, disse à Agência ECCLESIA. “Em tempos de crise e de abrandamento económico as pessoas são muito solidárias”, salientou, “porque são pessoas que já passaram mal num determinado momento da sua vida, e sabem que, se contribuírem com alguma coisa do que é pedido pelos Bancos Alimentares podem minorar o sofrimento de muitas pessoas”. Para além do êxito verificado na quantidade recolhida, também o número de voluntários aumentou. Segundo a organização, uma equipa de cerca de 12 mil voluntários recebeu, transportou e armazenou os géneros alimentares recolhidos, que serão posteriormente distribuídos por um total de 1.173 Instituições de Solidariedade Social a mais de 216 mil pessoas com carências alimentares comprovadas. “Os Bancos Alimentares vivem com base no trabalho que é feito todos os dias pelos voluntários. É gratificante saber que as pessoas encontram no Banco Alimentar um sitio onde gostam de trabalhar”, frisou.

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