O contingente da MONUC (Missão das Nações Unidas no Congo) será reforçado e o seu actual mandato será ampliado, segundo a resolução de terça-feira do Conselho de Segurança que prevê elevar de 8.700 a 10.800 o número de militares e observadores no país. Até o momento, os «capacetes azuis» da MONUC só podiam defender-se e defender suas estruturas. Contudo, de acordo com o Conselho de Segurança, de agora em diante poderão «proteger os civis e os dependentes das organizações humanitárias que se encontram em perigo». No passado dia 17 de Julho o arcebispo de Kisangani e vice-presidente de Pax Christi Internacional – Laurent Monsengwo Pasinya – e Etienne De Jongje, secretário geral desta organização, enviaram cartas ao secretário geral da ONU, Kofi Annan, solicitando uma ampliação da intervenção das operações das Nações Unidas e da União Europeia em Ituri. A grave situação no distrito de Ituri impulsionou o Conselho de Segurança a pedir o apoio da União Europeia para o envio de uma força multinacional dirigida pelos franceses. Esta permanecerá em Bunia até Setembro, data em que os «capacetes azuis» substituirão os soldados europeus.