D. Virgílio Antunes recordou drama de 2017 e defende aposta no ordenamento territorial
Fátima, 17 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra recordou hoje, no final da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os incêndios que há três anos atingiram os Concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.
Em declarações aos jornalistas, D. Virgílio Antunes, novo vice-presidente da CEP, referiu que “nalguns casos fez-se muito, rápido e bem”, como no campo da habitação, mas existe ainda necessidade de atenção à dimensão humana, com “famílias destroçadas”.
“Essa é a marca que é mais difícil de colmatar”, admitiu.
O responsável católico manifestou preocupação com o ordenamento territorial, um problema nacional e “não apenas dos lugares que arderam há três anos”.
O bispo de Coimbra, que por causa da reunião do episcopado não pôde estar hoje na Missa de sufrágio pelas vítimas, quis deixar “uma palavra de muita estima e de muito apreço aos munícipes dos três concelhos”.
“O caminho espiritual também é uma ajuda enorme”, admitiu.
D. Virgílio Antunes falou de “gente boa, desejosa de refazer o seu caminho” e que sofre quando o nome da sua terra “é posto em causa”.
Nesse sentido, o prelado sublinhou que estas pessoas têm o direito a “alguma tranquilidade e paz” para refazer a sua vida.
A 17 de junho de 2017 deflagrou em Pedrógão Grande um incêndio florestal, que depois alastrou aos municípios vizinhos, que fez 66 mortos e 254 feridos.
OC