A Oikos quer medidas legislativas que punam os traficantes de seres humanos, em particular os de imigrantes. O director executivo da associação cívica reclamou medidas na legislação portuguesa que punam os responsáveis de tráfico de imigrantes, que geram “novas formas de escravatura”. Em Portugal, “várias mulheres brasileiras foram apanhadas em casas de alterne e foram repatriadas, mas em todas essas situações, as únicas pessoas que foram punidas foram elas ou os donos dos bares”, explicou João José Fernandes. Este responsável denunciou “a ausência na legislação portuguesa de medidas que possam levar à condenação de traficantes de seres humanos”. Este responsável considera ainda necessário distinguir as pessoas que “vieram aqui de sua livre vontade, por motivos económicos ou políticos, das pessoas que foram traficadas”. “Uma pessoa que chega a Portugal e é-lhe retirado o passaporte, tem de pagar a viagem, a roupa e a alimentação com um salário miserável” vive numa “nova forma de escravatura”, salientou. Além disso “os imigrantes não podem ser olhados como concorrentes” dos portugueses, mas sim como “aliados” na valorização da situação laboral do país, frisou num seminário sobre imigração, em Tomar.