Um grupo de missionários, composto por quatro sacerdotes e igual número de religiosas tem estado no Algarve, desde o passado dia 29 de Abril, concretamente nas paróquias de Nossa Senhora da Conceição (Matriz) de Portimão e Nossa Senhora da Assunção da Mexilhoeira Grande, para alertar aquelas comunidades cristãs, em colaboração com os seus párocos, para a importância da dimensão missionária da Igreja universal. Vindos de várias partes do país, os membros do grupo têm em comum o facto de pertencerem todos a institutos ou congregações religiosas. Em Portimão têm trabalhado os padres Eduardo Osório (Missionário do Espírito Santo) e Jacek (Missionário do Verbo Divino), natural da Polónia e as irmãs Maria Emanuel (Franciscana Missionária de Maria), natural de Moçambique e Regina (Missionária Serva do Espírito Santo), natural da Indonésia. Mexilhoeira Grande recebeu os padres José Gaspar (Missionário do Espírito Santo) e João Monteiro (Missionário da Consolata) e as irmãs Ascensão (Religiosa do Espírito Santo) e Celeste (Franciscana Missionária de Maria), esta última a trabalhar na diocese algarvia, na paróquia de Odeáxere. Esta iniciativa dos IMAG – Institutos Missionários “Ad Gentes”, designada como Semana de Animação Missionária, tem procurado sobretudo despertar nos baptizados a consciência do compromisso missionário inerente à recepção do Sacramento do Baptismo. Como sublinhou o padre Eduardo Osório algumas vezes esta semana, “para ser missionário não é preciso ir para um país distante”. Aos cristãos algarvios têm procurado lembrar que podem ser missionários mesmo na sua casa, pois é a eles, baptizados, que “pertence falar de Jesus”. “Se recebemos a graça de conhecer Jesus, temos também a responsabilidade grande de o dar a conhecer a outros. E não é só com palavras, mas sobretudo com a nossa vida, exemplo e testemunho”, têm esclarecido os missionários. Na semana em que na diocese se tem dado procurado, simultaneamente, promover a oração pelas vocações consagradas, este grupo de missionários tem sensibilizado os membros daquelas comunidades cristãs para que eles mesmos se disponham a seguir Jesus, como missionários – cristãos conscientes que levam Jesus a outros. A propósito da falta de vocações de consagração lembraram “quantas comunidades cristãs pelo mundo fora não têm o privilégio de ter Eucaristia regularmente”. “Algumas celebram Missa uma vez por ano”, testemunharam. Recorrendo a projecções, catequeses e momentos de oração têm mostrado às crianças, jovens, adultos e idosos, aos diversos grupos e movimentos inseridos na paróquias e também em bairros, escolas e até em estabelecimentos prisionais, um pouco do trabalho que tantos missionários promovem pelos quatro cantos do mundo. A forte componente simbólica que se cria em cada momento, através dos vários objectos utilizados, “pretende – segundo a irmã Maria Emanuel – ajudar as pessoas a tomar consciência de que estamos a rezar pelos países todos do mundo e de que o nosso horizonte tem de se alargar”. Sobre a metodologia utilizada nesta semana, esclarece a religiosa: “não provocamos encontros extras nas paróquias, mas aproveitamos aquilo que existe para ajudar as pessoas a tomar consciência desta dimensão da Igreja”. Por vezes o resultado do trabalho tem surpreendido até os próprios missionários. “Vimos para falar das missões, mas quem acaba missionados somos nós”, testemunha a irmã Ascensão. Esta Semana de Animação Missionária termina Domingo, dia 7 de Maio.