Pela primeira vez na história, uma delegação católica da Coreia do Sul visita a Coreia do Norte. 61 fiéis, entre padres e leigos, estarão nos próximos quatro dias para lá do paralelo 38, promovendo gestos concretos de solidariedade. Segundo a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, a comitiva é liderada por Mons. Thomas Aquinas Choi Chang-hwa, director da Comissão Nacional para a Reconciliação, fundada em 1995. Esta Comissão tem desenvolvido vários projectos de solidariedade, num total de 11 milhões de dólares, do outro lado da fronteira que só agora poderá verificar de perto. Apesar de todos os projectos de assistência, a Coreia do Norte continua fortemente dependente das ajudas externas, como denuncia um relatório da Cáritas Hong Kong – há 10 anos comprometida em programas de apoio económico e de desenvolvimento aos norte-coreanos. A organização católica revela que há cerca de 22 milhões de pessoas com fome no país, o que corresponde a 70% da população. A Cáritas da Coreia do Sul está, neste momento, a tentar implementar as suas actividades de assistência no Norte, esperando-se que o governo de Pyongyang não coloque obstáculos.