Repressão contra a Igreja da China durante a Páscoa

Na província chinesa com maior número de católicos, os crentes foram impedidos de assistirem às missas e forçados a percorrer centenas de quilómetros para participarem em serviços religiosos noutras províncias menos vigiadas. Vários bispos e sacerdotes continuam desaparecidos ou sob detenção. Tal como tem acontecido em anos anteriores, a Igreja católica “clandestina” celebrou esta Páscoa novamente num clima de perseguição. A repressão continua, numa campanha desenvolvida pela Associação Patriótica (a Igreja católica “oficial”, reconhecida pelo Governo chinês) e pelo Partido Comunista Chinês, segundo as informações obtidas pela agência de notícias AsiaNews junto de fontes locais. Na Diocese de Baoding foram adiadas as celebrações pascais por já não existirem padres. Os católicos da diocese leram o Missal ou os Evangelhos nas suas próprias casas, longe do olhar vigilante da polícia. O bispo, D. James Zhimin (de 72 anos) foi detido em 1996 e não existem informações sobre o seu paradeiro ou sobre o seu estado de saúde e o mesmo sucede com o seu auxiliar, D. Francis An Shuxin, preso no ano seguinte. “Até ao momento ninguém sabe onde estão os dois prelados e vários padres da mesma diocese estão também detidos”, revelaram as mesmas fontes. Dos cerca de 5 milhões de católicos de Hebei a maioria pertence à Igreja “clandestina”, fiel às orientações do Vaticano, mas não reconhecida por Pequim. Em 2005 as autoridades chinesas detiveram três bispos católicos, dez padres, sete diáconos e dezenas de seminaristas, a maioria dos quais não foi ainda libertada. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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