Líderes cristãos de Jerusalém condenam boicote à Palestina

Os líderes cristãos da Terra Santa pediram à comunidade internacional que “não boicotem o povo palestiniano”, procurando soluções de paz para o conflito na região. A mensagem de Páscoa dos Patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém lembra “o sofrimento desta terra e dos seus habitantes”, contestando em especial o tratamento dado à população palestiniana após a vitória eleitoral do Hamas. “Não é lícito boicotar um povo que sofreu e continua a sofrer a opressão e a injustiça, enquanto a comunidade internacional fica a olhar, sem colocar um ponto final a tudo isto”, aponta o documento, hoje publicado. Esta “paralisia” fez, segundo os líderes cristãos, “nascer a violência, o terrorismo e a humilhação da pessoa humana”. “Se existir uma vontade sincera, haverá capacidade e poder para superar todos os obstáculos, para conseguir a segurança, a paz e a justiça para israelitas e palestinianos”, acrescenta o documento. O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, fazia hoje eco desta situação, denunciando um “lógica demente da guerra” que tem como vítimas “sempre os mais fracos”. Também o Patriarca latino de Jerusalém se manifestou contra o boicote internacional ao Governo palestiniano do Hamas na sua mensagem de Páscoa. D. Michel Sabbah lamenta que impere “a lógica da morte e do ódio” no modo de vida na Terra Santa, “uma terra de ressurreição”. O Patriarca manifesta preocupação com os perigos de se instalar “a anarquia” nos territórios palestinianos e defende “uma força de segurança bem equipada”, para evitar que grupos de civis tomem em suas mãos essa tarefa, com todos os perigos que isso pode acarretar.

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