Desafio de ousar e amar

Conclusões do Encontro Nacional de Estudantes do Ensino Básico e Secundário 2006 “Eu sou eu e o Outro” A relação com o Outro, que acontece no nosso dia-a-dia, é viva e influencia e condiciona a nossa maneira de ser e estar. Desconstruindo progressivamente os estereótipos conseguimos uma maior abertura no relacionamento com o diferente, sendo necessária a desmistificação de preconceitos que o condicionam. Essencialmente, para que seja possível o equilíbrio nas relações tem que haver uma consciencialização que cada um de nós é um Eu e um Outro: Nós. Para tal, devemos estar dispostos a aceitar este Outro, bem como a proposta que faz à nossa vida, definindo limites de respeito, que visem a dignidade humana de ambos. Isto implica que haja disponibilidade para mudar, pressupondo-se uma cedência de parte a parte, e admitindo que esta mudança nem sempre é imediata, exigindo tempo e espaço para um caminho de crescimento. Existem vários medos que influenciam e dificultam a relação que temos com o próximo. Assim, aceitar mudar a nossa vida e aceitar que o Outro tome parte nela, obriga-nos a saber vencer os nossos medos, ou seja, a sermos livres. A relação com o Outro deve então ser cuidada. Perante a diferença e conscientes da importância que qualquer ser humano tem para outros, devemos saber agirconcretamente perante as situações e não adiar o amor. Existe na sabedoria das religiões do mundo uma ética comum que exige um cuidado pelo outro, denominada de Regra de Ouro: ama o próximo como a ti mesmo. Enquanto Cristãos, na nossa militância, vivemos a radicalidade do nosso amor, tendo como referência Jesus Cristo, que com uma atitude muito característica de se situar perante o Outro, nos interpela e convida a sair da nossa vida e a entrar na vida do Outro, e fazer dela a nossa vida. Isto exige uma atitude de permanente atenção e serviço ao Outro. O amor é uma necessidade e uma urgência. Eis que surge o desafio de ousar e amar.

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