Amadurecimento humano do catequista é fundamental

O director do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) Pe. Augusto Cabral disse ao Diário do Minho que «as circunstâncias e a evolução dos acontecimentos culturais e a influência crescente dos meios de comunicação social exigem um amadurecimento humano gradual do catequista e o respectivo aperfeiçoamento das técnicas transmissoras da fé». À margem da celebração eucarística, o Pe. Augusto Cabral sustentou que «fazer-se catequese hoje é diferente e as fases são cada vez mais curtas. Os tempos são mais exigentes e a Igreja tem de dar respostas positivas». Numa alusão às avaliações realizadas no dia anterior (quinta-feira) pelos responsáveis das 20 dioceses portuguesas, o responsável disse haver ainda «caminhos novos a desbravar, apesar do trabalho que se tem tido ao nível da análise, reflexão e troca de experiência e contactos internacionais». Em relação às fronteiras (ténues para muitos agentes de pastoral…) que separam a catequese e as aulas de religião e moral, o director do SNEC afirmou que «estas estão bem definidas, apesar de ainda existir um conjunto de pessoas que confunde ambas as áreas». Por outro lado, «há muitos países que ainda não têm catequeses formadas, devido às suas heranças políticas e culturais, e tudo é realizado na escola. Infelizmente, a escola pública está sujeita à ideologia de quem governa. Mas o mais importante é que a Igreja nunca perca o critério fundamental da sua estadia neste mundo, que é ser sinal de Salvação, o que não é nada fácil». Mudar o perfil do catequista O assistente do Secretariado Nacional de Educação Cristã (SNEC) realçou «as novas orientações dos bispos, que vieram possibilitar uma atitude mais positiva na pastoral catequética». O padre José Cardoso referiu, porém, que «a realidade social vai oscilando, o que obriga a mudar algumas práticas. A maior dificuldade está precisamente no facto de se conseguir encontrar catequistas com o “perfil ideal” ou próximo deste, isto é: pessoas comprometidas na fé e com uma formação teológico–pedagógica correspondente às exigências dos novos tempos». Para além disso, «existe uma certa “escolarização” da catequese. É óbvio que se trata de um chavão e nem tudo o que as escolas ofereceram à catequese é negativo. Mas, sente-se a necessidade de libertar a catequese de alguns esquemas académicos e redefini-la como processo de carácter catecumenal e com um ritmo próprio». «É preciso “criar”, não só um catequista pedagogo, mas também um autêntico animador de grupo», disse.

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