O perigo da geração «morangos com açúcar»

Alerta do director do Secretariado da Pastoral Familiar de Portalegre – Castelo Branco. A sociedade actual evolui tão rapidamente e por vezes de forma tão desordenada que cria em todo o mundo desigualdades, contradições e desequilíbrios que levam a tensões no seio da Família. Com o objectivo de reflectir sobre estas questões, o Secretariado da Pastoral Familiar da diocese de Portalegre – Castelo Branco realizou, dia 1 de abril, uma jornada sobre “A Família no projecto criador de Deus”. Em declarações à Agência ECCLESIA, Francisco Maria Bonacho, director do referido secretariado, sublinhou que “o problema educação dos filhos esteve no centro das atenções”. E questionou: “O que damos aos nossos filhos é aquilo que eles precisam?” E surgiu a resposta: “estamos a dar-lhes bens materiais e eles precisam de carinhos e outras coisas semelhantes” Com vários testemunhos de casais, esta jornada andou à volta dos problemas familiares e educacionais. “No fundo foram as formas que nós arranjamos para ultrapassar estas dificuldades” – salientou Francisco Maria. A intenção dos participantes não é formar uma «geração de Morangos com Açúcar» mas se “não tivermos algum cuidado caminhamos para aí”. E avança: “queremos evitar isso”. Para evitar este conceito de geração “temos de ter tempo para os filhos e não os deixar encerrados no quarto a ver televisão”. A conversa entre os vários membros da família e a “transmissão de valores numa forma referencial” é um dos métodos educacionais. O director do secretariado alerta que a mensagem passa melhor por “aquilo que fazemos do que por aquilo que dizemos”. O testemunho vivencial “marca muito mais” – acentua. A falta de tempo dos pais “é uma realidade”. Estes necessitam de trabalhar e quando chegam a casa estão cansados. “O papel dos avós é cada vez mais importante” – confidenciou. E acrescenta: “como o tempo é pouco este tem de ter qualidade”. A disciplina “acérrima” e as “crispações” não serão os melhores métodos. Nesta diocese tão vasta existem muitas particularidades. Os problemas de Castelo Branco, Abrantes e Portalegre são distintos porque cada paróquia “é um caso”. Existem párocos “que conseguem cativar a juventude” – concluiu.

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