As escolas devem procurar envolver os pais no projecto educativo que oferecem, tentando adaptar-se às suas necessidades para melhor os servir. Esta é uma das conclusões do colóquio “Educação: velhos problemas, novas perspectivas”, que decorreu no Colégio Salesiano de S. João Bosco, em Mogofores (Anadia). A iniciativa, organizada pelo referido Colégio, contou com o apoio das outras três escolas católicas da área da diocese, bem como de escolas públicas de Anadia e da Associação Portuguesa de Escolas Católicas. Em declarações à Agência ECCLESIA, Dário Tavares, professor no Colégio Salesiano de S. João Bosco, explicou que “os pais não podem ficar à porta da escola nem ser chamados apenas para ouvirem falar mal dos filhos”. As experiências realizadas noutros estabelecimentos Salesianos com as chamadas “Escolas de pais” foram aqui apresentadas, recolhendo grande aceitação. “Uma das experiências que se podem recolher dos nossos Colégios é esta relação com os pais”, assegura Dário Tavares. Falando de “ensino público não-estatal” para definir a missão do Colégio de S. João Bosco, este responsável explica que iniciativas como a deste fim-de-semana mostram que é possível congregar os vários estabelecimentos de ensino em volta de problemáticas que lhes são comuns. “Família e Educação. Porquê liberdade de opção educativa”, “Crescer em autonomia: Uma perspectiva antropológica”, “A indisciplina na escola”, “Autoridade: Ditadura dos filhos”, “Prevenção da Toxicodependência, comportamentos desviantes”, foram alguns dos temas em debate. Nestes e noutros problemas, explicou Dário Tavares, é essencial perceber que “a matéria-prima da educação é o ser humano, os problemas são os mesmos de sempre, mas as estratégias é que se vão ou não repetindo”. Esta acção destinava-se a professores, psicólogos, pais, encarregados de educação, auxiliares de acção educativa e demais intervenientes da acção educativa. A intenção é que, no futuro, a dinâmica seja estendida para que as pessoas “estejam conscientes dos problemas”.