Francisco destaca necessidade de superar consumismo do «usa e deita fora»
Cidade do Vaticano, 11 nov 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco defendeu hoje no Vaticano um “capitalismo inclusivo”, que rejeite a cultura do descarte, promovendo uma economia mais justa e humana, segundo os princípios da Doutrina Social da Igreja.
“Um capitalismo inclusivo, que não deixa ninguém para trás, que não descarta nenhum dos nossos irmãos e irmãs, é uma nobre aspiração, digna dos melhores esforços”, declarou, ao receber em audiência os membros do Conselho em prol de um Capitalismo Inclusivo.
Este organismo é um dos frutos do Fórum Global ‘Fortune and Time’, realizado em 2016.
O Papa sublinhou esta manhã que “o aumento dos níveis de pobreza à escala global testemunha que a desigualdade prevalece sobre a integração harmoniosa de pessoas e nações”.
“É necessário e urgente um sistema económico justo, fiável e capaz de responder aos desafios mais radicais que a humanidade o planeta têm de enfrentar”, desenvolveu.
Francisco recordou os efeitos da crise financeira de 2008, considerando que “um sistema económico sem preocupações éticas não leva a uma ordem social mais justa, mas a uma cultura do ‘usa e deita fora’, de consumo e desperdício”.
“Pelo contrário, quando reconhecemos a dimensão moral da vida económica, que é um dos muitos aspetos da doutrina social da Igreja que devem ser plenamente respeitados, somos capazes de agir com caridade fraterna, desejando, procurando e protegendo o bem dos outros e o seu desenvolvimento integral”, apontou.
OC