Responsáveis destacam importância da assistência religiosa no cenário de operações e junto das famílias
Lisboa, 09 out 2019 (Ecclesia) – A Diocese das Forças Armadas e de Segurança tem, desde hoje, cinco novos capelães militares para servir a Igreja nesta área e este acontecimento “representa esperança” para servir a humanidade neste país e no mundo.
“Do ponto de vista pastoral e de evangelização, nas Forças Armadas e Forças de Segurança, representa não só um apelo para se proceder a uma ação missionária, mas ao mesmo tempo contém em si muitos pontos de atração e de interesse”, disse à Agência ECCLESIA D. Rui Valério, Bispo das Forças Armadas e de Segurança.
Os padres Óscar Paiva (Diocese de Bragança-Miranda), Marco Belchior (Diocese de Setúbal), Marco Abreu (Diocese do Funchal), Gaspar Pimentel (Diocese de Angra) e Jorge Gonçalves (Diocese de Aveiro) são os novos capelães militares do Ordinariato Castrense que receberam, hoje, em Lisboa (Academia Militar), as insígnias na cerimónia de encerramento do XLIV – Curso de Formação de Capelães Militares.
“Estes cinco capelães abraçaram esse desiderato e vocação” para servir nos vários ramos das Forças Armadas e de Segurança, frisou D. Rui Valério.
O ato da cerimónia de encerramento deste curso está na continuidade da “outra opção fundamental sacerdotal: no dia em que eles foram consagrados sacerdotes, eles abraçaram a missão que agora vão também continuar a desempenhar”, realça o bispo das Forças Armadas e de Segurança.
Há cerca de 50 anos, naquele mesmo local (Academia Militar) eram instituídos 59 capelães militares, num momento que os militares portugueses estavam em “três palcos internacionais, onde era necessária a presença do capelão”.
A presença de capelães no mundo militar é “importantíssimo”, tanto no passado como nos “tempos presentes”, disse à Agência ECCLESIA o major-general João Vieira Borges, comandante da Academia Militar.
Apesar do “menor número” dos militares portugueses nos teatros de operações, os capelães são de “extrema importância” tanto para eles como para “as suas famílias”, sublinhou o comandante da Academia Militar.
Os capelães militares conseguem aliar “a vida de capelão, com a vida militar”, isto é o “serviço em prol dos outros no seu ponto mais alto”, referiu o major-general João Vieira Borges.
Desde 1991 que a ilha da Madeira não tinha um capelão militar naquela região e para o Ordinariato Castrense “é um motivo de alegria” que o arquipélago “tenha um capelão militar próprio para servir um vasto leque de militares e forças de segurança”, afirmou D. Rui Valério.
Para o bispo das Forças Armadas e de Segurança, o capelão militar é uma “memória viva” e “uma referência”, como que “uma seta indicativa da presença e da grandeza do amor de Deus para todos”.
Os capelães militares ao trabalharem em conjunto com os comandantes das várias unidades “conseguem chegar às pessoas” e “ultrapassam a dimensão espiritual”, assinalou o major-general João Vieira Borges.
LFS/OC