Conferências Episcopais Europeias atentas à «fuga de cérebros»

O VII Congresso da Pastoral dos Migrantes do CCEE (Conselho das Conferências Episcopais Europeias) enviou aos episcopados católicos da Europa uma série de recomendações sobre os fluxos migratórios do Leste para o Ocidente, em especial os que envolvem pessoal qualificado. Numa altura em que se percebe o impacto da chamada “fuga de cérebros”, o CCEE pede aos Bispos que criem “uma pastoral especialmente orientada para as pessoas qualificadas” como forma de fazer face a um fenómeno novo para as Igrejas de origem e de acolhimento. “A situação económica e demográfica da UE, num processo de globalização, necessita cada vez mais de pessoas qualificadas e, por outro lado, as situações de injustiça e falta de desenvolvimento de certos países provoca a fuga desse pessoal qualificado, atraído pela riqueza aparente dos países do Ocidente”, referem as recomendações do Congresso, agora publicadas. Considerando a integração destas pessoas nas Igrejas de acolhimento como “um enriquecimento”, o CCEE considera que estamos perante uma oportunidade privilegiada para “construir pontes entre as Igrejas” e promover o diálogo ecuménico e inter-religioso. As recomendações lembram aos políticos e às instâncias europeias que têm a sua quota de responsabilidade “neste novo tipo de migração, que desenraíza as pessoas, desintegra as famílias e priva os países de forças vivas necessárias para o seu desenvolvimento”. Outro ponto do documento aborda a situação dos cerca de 15 milhões de Ciganos que vivem na Europa, tentando conservar uma identidade cultural muito própria. O Congresso do CCEE faz votos de que as Igrejas europeias continuem o seu compromisso em favor destas populações, “comprometendo-se para que os modos de vida dos Ciganos sejam reconhecidos”, com intervenções junto dos Media e das instâncias políticas competentes.

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