Organismo católico criou conta solidária para as vítimas dos fogos
Portalegre, 20 ago 2019 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco está a apelar às comunidades portuguesas para que contribuam com generosidade para ajudar as vítimas dos incêndios florestais que fustigaram o território neste Verão.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o organismo católico adianta que está em causa a reconstrução de várias casas de primeira habitação, bem como a reabilitação de diversas estruturas ligadas à atividade agrícola, nos concelhos de Mação e de Vila de Rei.
Neste momento, a conta aberta pela Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco para ajudar as populações atingidas pelos fogos, com a identificação bancária número PT50.0036.0057.99100143379.08, conta com “a verba de 5.468,61€ (cinco mil quatrocentos e sessenta e oito euros e sessenta e um cêntimos).
“Em face da exiguidade desta verba, para podermos ajudar as vítimas dos incêndios, continuamos a apelar ao empenho das comunidades na recolha de contributos que nos permitam dar resposta aos problemas detetados e descritos”, frisa o organismo solidário católico.
O último relatório dos prejuízos provocados pelos incêndios florestais 2019 referentes ao território da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, começa por contabilizar “5 casas de 1.ª habitação” afetadas pelos fogos, todas na Freguesia de Cardigos, no Concelho de Mação.
“4 delas arderam totalmente: 2 nos lugares de Sarnadas, 1no lugar de Azinhal e 1no lugar de Roda; e outra habitação “parcialmente” destruída pelas chamas, no lugar de Pracana da Ribira, pertencente a um cidadão alemão há muitos anos a residir em Portugal, naquele lugar”, pode ler-se.
Este levantamento inclui ainda dados referentes ao Concelho de Vila de Rei, com a indicação de “2 casas de 1.ª habitação parcialmente destruídas, na aldeia de Vale da Urra; 1 casa de 2.ª habitação totalmente destruída, na aldeia de Várzeas; e 1 casa de 2.ª habitação parcialmente destruída, na aldeia da Cabeça do Poço”.
Além do ponto de situação referente às habitações, a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco revela também dados relacionados com a perda de outras estruturas, na sua maioria relacionadas com a atividade agrícola das populações.
Há a registar a perda de “20 palheiros e armazéns agrícolas”, distribuídos pelas localidades de Várzeas (2) Relva (3) Eira Velha (1) Monte Novo (2), Cabeça do Poço (3), São João do Peso (1), Ribeira do Algar (3), Vale da Urra (4), e Relva do Boi (1).
O mesmo comunicado realça ainda que os incêndios afetaram “7 edificações devolutas ou em ruínas, 2 em Cabeça do Poço e 5 na localidade de Várzeas”.
Quanto ao Concelho da Sertã, outro dos pontos mais afetados pelos fogos deste Verão, a Cáritas de Portalegre-Castelo Branco refere que “continua a aguardar que a Câmara Municipal conclua o levantamento” dos danos.
Uma vez que todos os prejuízos estejam contabilizados, o organismo católico irá avançar para a “quantificação” dos estragos, junto das autarquias e dos párocos, para que se possa levar o apoio necessário “às famílias carenciadas”.
A Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco frisa que, “como em anos anteriores, poderá intervir na reconstrução de casas de 1.ª habitação e, havendo disponibilidade, na recuperação de palheiros e armazéns agrícolas”.
Mas para já será preciso continuar a apelar à solidariedade das pessoas, para que “em face à verba disponibilizada”, se possam avançar com as ações de reabilitação das habitações e estruturas que as populações da região perderam para as chamas.
“Lembramos que a Cáritas emitirá recibos dos donativos às empresas e às pessoas singulares que nos façam chegar o comprovativo do depósito e o NIF. Às pessoas que já fizeram chegar o seu donativo, a Cáritas Diocesana, em nome das famílias vitimadas, agradece o seu valioso contributo”, completa o mesmo comunicado.
JCP