Família: Carinho «avosal» marca a relação de Bia e José Adragão com os seus 10 netos (c/vídeo)

Dia dos Avós celebrado na memória de São Joaquim e Santa Ana

Foto DR, Bia e José Adragão com os netos

Lisboa, 26 jul 2019 (Ecclesia) – Os avós Bia e José Adragão têm 10 netos – seis raparigas e quatro rapazes – com quem conversam, brincam, ensinam tradições e transmitem também a fé, sem imposições, nem perder a sua “autonomia” que “é muito importante”.

“Tivemos sempre a preocupação, quando dormem em nossa casa, de rezar à noite com eles. À refeição rezamos sempre, mesmo se há um que não está a ligar muito, não se quer benzer. Se estão connosco um fim de semana, levamos sempre à Missa”, disse Bia Adragão em declarações à Agência ECCLESIA.

José Adragão considera que os dois avós têm contribuído para a transmissão de valores humanos, familiares, e cristãos aos seus 10 netos e têm sido “muito beneficiados” porque “nunca” tiveram “choque de valores nem com as filhas, nem com os genros”.

“Sabem que rezamos por eles. Eles sabem aquilo em que pensamos e acreditamos”, acrescentou Bia Adragão, dando como exemplo que “um momento importante é o da morte” e, neste contexto, “é muito importante” os netos saberem em que é que os avós e os pais acreditam.

Segundo José Adragão, o avô “não é pai duas vezes, é uma outra coisa”, que para Bia “é um sentimento novo” porque também “não é mãe duas vezes” por ser avó.

“Até inventei uma palavra nova que é o ‘amor avosal’ quando envio uma mensagem ou sms: ‘Um beijinho com amor avosal’”, acrescenta, assegurando que “é diferente do amor maternal”.

Bia e José Adragão começaram foram avós quando tinham 50 anos e sentiam-se “razoavelmente jovens”.

“Ainda nos sentíamos capazes de ter filhos novos”, explica o agora avô de seis raparigas e quatro rapazes, a neta mais nova tem 2 anos e o neto mais velho 22 anos.

“Muito rapidamente”, acrescenta, foram “avós de dois rapazes que foi uma novidade”, porque só tinham filhas e “ser avô do lado da mãe é especial”, uma vez que “na tradição judaica é pela linha feminina que passam as coisas mais importantes”.

Para além da transmissão da fé, Bia Adragão destaca que têm ensinado “lengalengas, cantigas”, a tradição familiar, e recorda que ainda ensinou o neto mais velho “a andar de bicicleta, a jogar as raquetes na praia, a andar de patins”.

José Adragão observa que a “sociedade evoluiu muito” e, neste momento, há muitos avós que ainda trabalham e “não podem ajudar os filhos na educação dos netos”, que neste caso concreto tiveram “a sorte” de ir para a reforma com 60 anos e, agora, estão “livres para fazer o que apetece, entre essas coisas estar próximos dos netos”.

“Não significa impor-nos, temos a nossa vida, damos aos netos e aos filhos o que faz falta mas não abdicamos de nós para ser avós”, revela.

Neste contexto, Bia assegura que “é muito importante ter a autonomia” e contextualiza que, recentemente, estiveram 15 dias em Cabo Verde ao serviço da Comunidade Emanuel, uma associação católica de fiéis.

“Nunca deixamos de ir para uma missão ou até fazer hidroginástica, deixar de ter o nosso momento de desporto que é importante fisicamente, a não ser que haja uma doença. No dia-a-dia estamos disponíveis para o que elas precisam mas estamos disponíveis para os nossos compromissos, a nível de Igreja e não só, desenvolveu.

A Comissão Episcopal do Laicado e Família, da Igreja Católica em Portugal, escreveu uma mensagem para os avós e os netos, intitulada ‘Transmitir valores humanos e cristãos’, pelo Dia dos Avós, que se assinala hoje, dia da memória litúrgica de S. Joaquim e S. Ana, respetivamente pais de Nossa Senhora e avós de Jesus.

PR/CB

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Agência ECCLESIA

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