D. Jorge Ortiga tomou posse há 20 anos e data é celebrada com um novo livro e Eucaristia na Sé
Braga, 18 jul 2019 (Ecclesia) – O jornalista Ricardo Perna disse que o livro “D. Jorge Ortiga – Semeador da alegria e da unidade”, sobre o arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, “é oportunidade de dar a conhecer” uma pessoa que “marca” a Igreja Católica.
“Uma pessoa que ganhou notoriedade nos últimos anos, tem um percurso de vida e pastoral muito grande, que tem sido acompanhado por algumas pessoas, mas muitas não conhecem. Pode ser muito interessante e rico conhecer e pode influenciar muitos a quererem encontrar o seu caminho e a fazer um caminho na linha do D. Jorge”, explicou o jornalista, autor do livro apresentado hoje, em Sé de Braga.
D. Jorge Ortiga foi também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, entre 2005 e 2011, e de comissões episcopais, entre outras funções, algo e “tem marcado” a Igreja Católica “por causa dessas responsabilidades”.
“Vemos uma pessoa que não fala com grandes pruridos. É uma pessoa que marca a sua posição, que explicita de uma forma clara, que não tem problemas de reconhecer quando está errado, ou seja, o desejo de consenso e unidade é muito importante para ele”, desenvolveu em declarações à Agência ECCLESIA.
O livro ‘D. Jorge Ortiga – Semeador da alegria e da unidade’ “começa por ser homenagem” ao “bispo há mais tempo em funções em Portugal”, mas o autor sublinha que “é oportunidade” de dar a conhecer “uma figura que pode não ser tão conhecida em virtude do seu longo percurso”.
“Ele tem muito este desejo da alegria e viu-se muito na maneira como trabalhou com os jovens quando chegou de Roma e assumiu a Basílica dos Congregados (Braga), que foi de uma igreja aberta, em saída numa altura em que pouco se falava disso, todo o testemunho de contacto com os Focolares (movimento católico), com uma realidade pós-conciliar (Vaticano II) e pedia uma alegria, uma Igreja nova e ele foi capaz, conseguindo sempre construir esta unidade”, desenvolveu.
Para Ricardo Perna a alegria e a unidade “são os legados mais fortes” que o arcebispo de Braga deixa, “não excluiu ninguém” mas não deixou de afrontar quem precisava sempre numa perspetiva de unidade”.
O jornalista conta que, no trabalho de pesquisa para a entrevista do livro, conversou com pessoas da arquidiocese que “ajudaram a contextualizar a vida e a obra” do arcebispo e “pormenores mais antigos, até mesmo da infância”.
“Foi uma agradável descoberta de uma figura que soube aproveitar as divinas coincidências que se lhe foram pondo na sua vida”, acrescentou sobre “um testemunho de riqueza muito grande”.
Jorge Ferreira da Costa Ortiga nasceu a 5 de março de 1944, na freguesia de Brufe, Concelho de Vila Nova de Famalicão; foi ordenado presbítero no dia 9 de julho de 1967, na igreja de Lousado, o Papa João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Braga em 1987 (ordenação episcopal a 3 de janeiro de 1988) e foi nomeado arcebispo de Braga a 5 de junho de 1999, com 55 anos.
Com a chancela da Paulus Editora, ‘D. Jorge Ortiga – Semeador da alegria e da unidade’ para além da entrevista, tem um prefácio do cónego João Aguiar Campos, um artigo de opinião de cada um dos bispos auxiliares e uma memória fotográfica.
“É um pastor próximo das ovelhas que tem marcado muito pelo exemplo e pela maneira de estar que influência. É muito interessante observar os textos que os bispos auxiliares enviaram, que hoje são titulares das principais dioceses em Portugal, revelam uma influência muito grande da personalidade de D. Jorge”, explica o jornalista.
A partir das 17h30, é celebrada uma Eucaristia pelos 20 anos de D. Jorge Ortiga como arcebispo de Braga e primaz das Espanhas, uma hora depois da apresentação do novo livro pelo bispo auxiliar de Braga D. Nuno Almeida.
O arcebispo de Braga apresentou a sua renúncia ao Papa após completar os 75 anos de idade, seguindo as determinações do Direito Canónico.
CB/PR