Dia do Trabalhador: Conciliação entre vida familiar e profissional é prioridade na Associação Cristã de Empresários e Gestores (c/vídeo)

Organização está a certificar «empresas familiarmente responsáveis»

Foto Arlindo Homem. João Pedro Tavares, presidente da ACEGE

Lisboa, 01 mai 2019 (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores está a implementar a aplicação de normas que tornem as empresas familiarmente responsáveis (EFR), promovendo o “equilíbrio” entre a vida pessoal e a vida profissional.

“Há um número crescente de empresários que aderem a estas novas realidades, até porque percebem que se querem sobreviver e ser competitivos no futuro, têm de ter uma visão muito mais ampla sobre o valor económico que a empresa cria, o valor social e o valor ecológico”, refere à Agência ECCLESIA João Pedro Tavares, presidente da organização.

O responsável considera que uma visão empresarial centrada apenas no lucro é de “muito curto prazo” e “muito restrita”.

“É uma convicção que nós procuramos promover, junto dos empresários”, assinala.

João Pedro Tavares realça que “nunca” no mercado de trabalho estiveram tantas gerações em permanência, com diversos contextos familiares e sociais.

As novas gerações, por exemplo, valorizam vários aspetos, para além da remuneração, como as formas de “promover maior harmonia família-trabalho”.

Este era, aliás, o “segundo aspeto” mais valorizado pelas pessoas entrevistadas no estudo “Desafios à conciliação família-trabalho”, da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, com o apoio da ACEGE, elaborado pela Nova School of Business and Economics(SBE).

Esta conciliação é, por isso, um tema que está “na ordem do dia” e que tem um impacto “muito significativo”.

“Não há uma solução para todos os casos”, mas é preciso “dar voz ao colaborador”, sustenta o presidente da ACEGE.

Para João Pedro Tavares, os líderes empresariais devem olhar para os trabalhadores, não como “números mecanográficos”, mas como pessoas.

“Pessoas felizes são pessoas mais produtivas, mais comprometidas”, insiste, antes de assumir que “há muito trabalho a fazer” no campo da igualdade de oportunidades.

A certificação EFR é avaliada em torno de seis categorias de medidas propostas pela “Fundación Más Familia” relacionadas com qualidade no emprego, flexibilidade temporal e espacial, apoio à família dos colaboradores, desenvolvimento pessoal e profissional, igualdade de oportunidades, liderança e estilo de direção.

Em Portugal há já 12 EFR certificadas, um número “crescente”.

“Os constrangimentos económico-financeiros não podem ser usados como desculpa”, conclui o presidente da ACEGE.

PR/OC

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Agência ECCLESIA

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