D. João Lavrador presidiu esta Sexta-Feira Santa à celebração da Paixão e Morte de Cristo
Angra do Heroísmo, 19 abr 2019 (Ecclesia) – O bispo de Angra destacou hoje, durante a celebração da Paixão e Morte de Cristo, o desafio de renovação que a Páscoa representa e a responsabilidade da Igreja Católica em levar esse convite a toda a humanidade.
O corpo “desfigurado” de Jesus, apontou D. João Lavrador, remete para todas as pessoas que neste tempo vivem uma vida “desfigurada na sua dignidade”, acometidas por tantas “perplexidades, incompreensões, mortes, desesperos, fragilidades, guerras e injustiças”.
Para o bispo responsável pelas comunidades católicas no Arquipélago dos Açores, “há um mundo velho e antigo que deve morrer para renascer uma nova humanidade”, e esta “realidade nova só Deus poderá oferecer”.
“É imperioso no nosso tempo reconhecer a atualidade desta presença divina e desta descrição do servo de Deus entregue pela humanidade”, prosseguiu D. João Lavrador, que recordou os “profetas” que deram “voz” à “história da salvação”, um testemunho que agora tem de continuar a brotar do meio da Igreja e das comunidades católicas.
“A Palavra de Deus, hoje, convida-nos a percorrer com Jesus Cristo o caminho da cruz e da entrega”, frisou o bispo de Angra, que reforçou a centralidade de ir ao encontro e de apoiar “tantas pessoas que hoje jazem mortas na sua dignidade à beira da história dos homens”.
Homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, que desesperam pela oportunidade de escapar aos mais variados dramas: “as injustiças e as violências, a fome e a exclusão, a deportação e a solidão”.
“Este caminho da cruz que leva à morte do Filho de Deus é verdadeiramente a realidade que nos desafia nos nossos critérios, valores e opções, porque este é o único caminho que nos revela o verdadeiro Deus que se oferece totalmente pelas Suas criaturas” e que “nos projeta na esperança da vida nova anunciada por Jesus Cristo”, completou D. João Lavrador.
A celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo, na Diocese de Angra, teve lugar esta tarde na Catedral açoriana, na Ilha Terceira.
JCP