Novo bispo auxiliar de Lisboa realça importância do contributo de D. Manuel Clemente, de D. António Francisco dos Santos e do Papa João Paulo II
Lisboa, 31 mar 2019 (Ecclesia) – O brasão episcopal de D. Américo Aguiar, que é hoje ordenado bispo, evoca três figuras que marcaram o percurso sacerdotal do novo auxiliar de Lisboa: D. Manuel Clemente, D. António Francisco dos Santos e São João Paulo II.
Envolvido num “chapéu de seis borlas de verde” e atravessado pela “cruz de ouro episcopal”, encontramos um “escudo oval de prata com uma cruz simples de vermelho carregada de um M de prata”.
A “bordadura do escudo”, toda em vermelho, está “carregada de quatro escudetes de prata com cinco besantes em sautor e de quatro cruzes de Malta de prata, alternados”.
O escudo em forma oval é “por tradição em Portugal, próprio do clero”, enquanto as cores predominantes, “o vermelho, cor de sangue” e o “verde”, estão associadas respetivamente “ao martírio, palavra que em grego significa testemunho – primeira missão do bispo – e ao episcopado, mas também à esperança”.
Com a cruz D. Américo Aguiar quis frisar a sua “entrega e pertença a Cristo”, e o M situado no centro do escudo evoca a sua ligação à “Virgem Maria”.
“Para me recordar que como ela devo estar sempre disposto a dar o meu sim”, realça o novo bispo-auxiliar de Lisboa.
Sobre os quatro escudetes preenchidos com cinco besantes, a ideia é destacar Portugal onde o novo bispo será chamado “a dar testemunho da sua fé”.
Quanto às quatro cruzes de Malta, elas recordam de modo especial a “paróquia de origem” de D. Américo Aguiar, Leça do Balio, em Matosinhos, na Diocese do Porto, mas também “as Bem-aventuranças que a Cruz aponta”.
D. Américo Aguiar escolheu como mote episcopal a frase ‘In manus tuas’, ou seja, ‘nas tuas mãos’, dito que corresponde “às palavras de Jesus Cristo na Cruz” e que “significa a absoluta confiança e a total entrega ao Pai”.
Com a escolha destes símbolos e do lema, o novo bispo quis homenagear figuras que “foram e são fonte de inspiração” para o seu percurso sacerdotal.
“A Cruz das armas do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente; o M das armas de São João Paulo II, que muito marcou o meu percurso sacerdotal; e o mote do listel de D. António Francisco dos Santos (antigo bispo do Porto) que tão precocemente nos deixou, honrando, deste modo, a sua memória”, frisa D. Américo Aguiar, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
O Papa Francisco nomeou o sacerdote de 45 anos como bispo auxiliar de Lisboa no dia 1 de março deste ano, e concedeu-lhe o título simbólico de Dagno, diocese histórica na atual Albânia.
Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; é presidente da Irmandade dos Clérigos desde 2011 e, desde 2016, presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia e diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.
JCP