Religiosos estão a mobilizar ações de solidariedade com o país lusófono
Nampula, Moçambique, 21 mar 2019 (Ecclesia) – O superior provincial da Congregação do Espírito Santo (Espiritanos) em Moçambique afirmou que “a situação é dramática” na cidade da Beira, após a passagem do ciclone Idai.
“Os bens de primeira necessidade são raros, quem tem dinheiro compra e guarda. Os bancos não funcionam”, testemunha o padre Alberto Tchindemba, na informação enviada à Agência ECCLESIA pelos Espiritanos portugueses que incentivam à solidariedade.
O provincial dos Espiritanos em Moçambique reforça as imagens de destruição que vão sendo divulgadas, realçando que “a fúria do ciclone arrasou completamente a Cidade da Beira”.
“Não há palavras para descrever o drama” que se vive na quarta maior cidade moçambicana, assinala.
O padre Alberto Tchindemba, que está em Nampula para “garantir a comunicação”, salienta que “é preciso recomeçar”, referindo que neste momento se vai para a “Beira de carro, bicicleta, a pé e de canoa”.
Os missionários exemplificam a destruição do ciclone Idai com a realidade da Paróquia Espiritana da Natividade, nas periferias da cidade da Beira, cuja igreja paroquial também foi atingida; os religiosos encontram-se “bem”, mas “falta-lhes tudo”.
Segundo os últimos números avançados pelo Governo de Moçambique, a catástrofe natural provocou pelo menos 217 mortos e cerca de 15 mil pessoas aguardam resgate urgente.
Esta quarta-feira, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que está em Maputo disse que 30 portugueses estão por localizar na cidade da Beira depois da destruição provocada pelo ciclone na quinta e sexta-feira da semana passada.
O ciclone Idai também está a atingir outros países africanos, como o Zimbabué, onde já morreram pelo menos 98 pessoas, e o Malawi, que regista 56 vítimas mortais.
CB