Diretora interina Ana Jorge afirma a «pertinência nova» desse objetivo no início das celebrações dos 50 anos da FT
Braga, 05 nov 2018 (Ecclesia) – A diretora interina da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa disse à Agência ECCLESIA que a internacionalização do ensino, ao nível da mobilidade dos docentes e dos alunos, tem “uma pertinência nova”.
“O presente é de grandes desafios”, afirmou Ana Jorge à margem da sessão que assinalou o início das comemorações dos 50 anos da Faculdade de Teologia, que decorreu em Braga, este sábado.
Para a diretora interina da FT, é necessário diversificar o desafio da a internacionalização ao nível da Europa, “alarga-lo a nível mundial e conseguir que, a nível dos alunos, possa ser mais efetivo”.
Ana Jorge lembrou que um grupo significativo dos alunos da FT estão ligados a seminários e “é difícil” propor a realização de uma parte do curso noutra escola de Teologia de outro país.
A professora da UCP, lembrou que “a internacionalização ao nível do ensino, a mobilidade de docentes e alunos e investigação propriamente dita, não é nova”, referindo que “muitos dos alunos vêm dos quatro cantos do mundo, membros das congregações religiosas”.
Ana Jorge valorizou a história dos 50 anos da FT, sublinhando que “cinco décadas de história é um acumulado de experiência que permite dizer que hoje a Faculdade está, nos três centros (Lisboa, Porto e Braga), com um amplo número de alunos”.
“Já formou gerações ao longo destes 50 anos e hoje tem pela frente um futuro que esperamos que seja muito longo. Mas o presente é de grandes desafios”, acrescentou a diretora interina da Faculdade de Teologia, que assumiu o cargo em julho de 2018 após o pedido de exoneração de diretor do padre José Tolentino Mendonça, nomeado arquivista e bibliotecário do Vaticano
Na sessão de comemoração dos 50 anos, João Duque fez uma conferência sobre o tema “A Teologia como hermenêutica da fronteira”, onde afirmou a necessário da reflexão teológica sobre as opções religiosas na sociedade atual, muitas vezes “assumidas de forma fundamentalista”.
“A teologia ganha uma importância própria para a sociedade. A não abordagem critica e até universitária das opções religiosas pode levar onde vemos muitas vezes que levam, como é o exemplo do Brasil, que nos faz pensar em que medida nós não temos de refletir teologicamente sobre as opções crentes”, disse o professor da Faculdade de Teologia à Agência ECCLESIA.
Luís Miguel Figueiredo Rodrigues, diretor-adjunto da Faculdade, sustentou por seu lado, que “o curso de Teologia é para todas as pessoas”.
“O curso de Teologia é para aqueles homens e mulheres que querem ter uma formação científica, de qualidade, sobre o estudo da fé e da experiência de fé”, disse o responsável pelo Centro Regional de Braga da FT, lembrando que os candidatos ao sacerdócio a algumas congregações religiosas fazem também o curso de Teologia.
A Faculdade de Teologia iniciou no dia 4 de novembro de 1968, com os Ciclos Propedêutico e Geral do Curso de Teologia.
LFS/PR