Tema «jovens, a fé e o discernimento vocacional» vai estar em debate durante 25 dias, de 3 a 28 de outubro
Cidade do Vaticano, 01 out 2018 (Ecclesia) – O secretário-geral do Sínodo dos Bispos afirmou hoje que o tema dos jovens “é, certamente, um ‘desafio’” mas a Igreja “não tem medo” de os “enfrentar”, na apresentação da assembleia que se realiza de 3 a 28 de outubro.
“É um evento de importância central para o Povo de Deus, pastores e rebanho, e para toda a sociedade, por causa do tema, os jovens, todos os jovens da terra, em vista da civilização do amor sempre sonhada”, afirmou o cardeal Lorenzo Baldisseri.
A 15.ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos com o tema ‘Os jovens, a fé e discernimento vocacional’, começa esta quarta-feira, dia 3, com uma Missa presidida pelo Papa Francisco – que promove uma festa a partir das 17h00 (menos uma Lisboa) de 6 de outubro – e termina no próximo dia 28.
Duração 25 dias, os padres sinodais vão trabalhar em conjunto com outros participantes, “de acordo com os seus próprios deveres”, no Instrumentum laboris, que vai ser o texto básico para a elaboração do Documento Final.
D. Lorenzo Baldisseri explicou que os trabalhos vão dividir-se em três fases, que correspondem ao Documento de Trabalho: “Reconhecer”, a Igreja em escuta da realidade; “Interpretar”, a fé e o discernimento vocacional, e “escolher” caminhos de conversão pastoral e missionária.
Na conferência de imprensa, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos sugeriu que se use a hashtag (marcador) # Synod2018 para todos os idiomas, para ter-se “uma visão global das notícias”.
“A Igreja quer fazer a sua parte neste Sínodo e quer fazê-lo com a determinação e a força que vem da sua missão evangelizadora”, realçou.
O cardeal brasileiro D. Sérgio da Rocha, relator geral, explicou que o ‘Instrumentum Laboris’ é a referência, a síntese de milhares de páginas de testemunhos, reflexões e demandas de todo o mundo.
“Certamente, não é a receita pronta para acompanhar os jovens à fé e à plenitude da vida, nem muito menos uma solução fabricada para os questionamentos propostos no encontro pré-sinodal”, realçou o arcebispo de Brasília.
Para o relator geral do sínodo “é oportuno” que, como assembleia, avancem numa “dinâmica de discernimento” que “significa assumir algumas atitudes”.
“Entrar com humildade neste modo de proceder, neste estilo eclesial, já é a primeira resposta pastoral de uma Igreja que deseja ser credível para as gerações mais jovens”, disse D. Sérgio da Rocha.
Por sua vez, o subsecretário da secretaria-geral apresentou a nova instrução sobre a celebração das Assembleias Sinodais e a atividade da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, promulgada com a constituição apostólica ‘Episcopalis Communio’ (Comunhão Episcopal).
“Todas as funções e procedimentos estão regulamentados para facilitar o máximo os debates e a troca de opiniões entre os Padres Sinodais, de modo que possa emergir a riqueza das vozes das Igrejas espalhadas por toda a terra”, explicou D. Fabio Fabene.
Vão participar na assembleia sinodal, ao longo de três semanas de debates, 267 Padres Sinodais, 23 especialistas e 34 auditores jovens de 18 a 29 anos.
O o cardeal Lorenzo Baldisseri adiantou ainda que depois do acordo provisório entre a Santa Sé e a China, pela primeira vez, dois bispos da China continental vão estar na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano.
A Sala de Imprensa da Santa Sé informa que os secretários especiais para a assembleia sinodal também estiveram presentes, o padre Jesuíta Giacomo Costa e o sacerdote Salesiano Rossano Sala, que esteve numa conferência em Lisboa, a 15 de setembro de 2017.
CB/PR