Comissão Justiça e Paz contesta detenções «arbitrárias», após alegado atentado contra o presidente Nicolás Maduro
Caracas, 09 ago 2018 (Ecclesia) – A Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) alertou hoje, em comunicado, para o “momento crítico” que se vive no país e contestou as detenções “arbitrárias” após um alegado atentado contra o presidente Nicolás Maduro.
“Os factos puníveis a investigar devem ser determinados através dos canais próprios do processo penal, conduzidos pelos tribunais competentes”, pede o organismo católico.
No sábado, explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois drones (aviões não tripulados) obrigaram o presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
Sete militares ficaram feridos e foram detidas seis pessoas por suspeita de envolvimento no atentado.
“As detenções de parlamentares, funcionários ou cidadãos com base em indícios ou presunção de responsabilidade penal, não implicam detenções arbitrárias, tratamento cruel ou desumano, tortura e desaparecimentos forçados”, adverte a CEV.
A Comissão Justiça e Paz pede ao governo que cesse a “repressão violenta” contra os cidadãos e trabalhe para combater a “crise de insegurança e desequilíbrio social que se vive no país”.
O comunicado é assinado por D. Roberto Luckert, arcebispo emérito de Coro e presidente da Comissão Justiça e Paz.
OC