«Promovam este bem para os alunos», pede D. António Moiteiro numa interpelação dirigida aos pais e às escolas
Aveiro, 14 jun 2018 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro referiu-se ao início das inscrições para a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica nas (EMRC) nas escolas, para destacar um projeto que quer continuar a oferecer “uma autêntica educação integral”.
Numa nota pastoral publicada online, D. António Moiteiro salienta que a Igreja Católica, através deste projeto, quer continuar a dar aos pais e alunos a possibilidade de escolha de “um espaço de reflexão, para crentes e não crentes, acerca dos valores sociais, éticos e morais, com propostas sempre atuais”.
Uma disciplina que propõe “uma perspetiva de análise da nossa existência humana, da sociedade, da cultura e da religiosidade: dimensões que as atividades da escola e o próprio projeto educativo são chamados, também, a contemplar”, aponta aquele responsável.
Aos pais e encarregados de educação, D. António Moiteiro convida a “não ficarem indiferentes” perante a possibilidade de escolher uma disciplina que ajuda a formar “pessoas capazes de colaborar na construção de uma sociedade que dignifique e valorize uma autêntica educação integral”.
No plano das escolas, e uma vez que EMRC é uma disciplina de frequência facultativa, mas que tem de estar obrigatoriamente inscrita nos currículos desde o 1.º ao 12.º ano, o bispo de Aveiro frisa que “o ensino deve exprimir o sentir e querer da comunidade”, e que a lecionação de EMRC “requer as condições necessárias para a sua efetivação”.
Que todos os “que estão comprometidos com a disciplina” e “em harmonia com a legislação em vigor, aspirem e promovam este bem para os alunos, para os professores, para a escola, para as famílias e para a comunidade”, convida o prelado.
Aos alunos, “crianças, adolescentes e jovens”, D. António Moiteiro deixa sobretudo uma palavra de incentivo.
“Ainda que por vezes tenhais de ir para a escola uma hora mais cedo ou para casa uma hora mais tarde, para terdes EMRC, não esqueçais que vós sois os primeiros beneficiados ao frequentar estas aulas. Fazei escolhas conscientes e deixai-vos imbuir dos valores que ajudam a construir um projeto pessoal de vida, ou, pelo menos, um significado e um sentido para a vida”, completa o bispo de Aveiro.
A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela.
A disciplina de EMRC é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa, apresentando como objetivos fundamentais “educar para a dimensão moral e religiosa e para a compreensão dos elementos mais profundos da cultura nacional, necessariamente aberta ao mundo”.
JCP