Face à vaga de incêndios que, nos últimos dias, tem assolado algumas regiões do país, a Comissão Permanente da Cáritas apela aos portugueses para que “não existem descuidos ou desmazelos que provoquem incêndios ou facilitem a sua propagação” e denunciem todas as acções que facilitem ou “promovam incêndios que visem interesses económicos especulativos, utilizando, por vezes, pessoas socialmente fragilizadas para a concretização destes actos criminosos” – refere o comunicado deste organismo. O documento, publicado pela Comissão Permanente da Cáritas, depois da reunião realizada dia 20 de Junho, em Fátima, pede também às Cáritas Diocesanas que “mobilizem as paróquias a prestarem auxílio efectivo e oportuno às pessoas e famílias que ficarem privadas de bens essenciais, em consequência da acção destruidora do fogo” e sugiram aos párocos que contactem a Corporação de Bombeiros, caso exista na área geográfica da paróquia, “para lhes manifestar a solidariedade da comunidade cristã e articularem possíveis formas de colaboração”. Para além das preocupações com os incêndios, os membros da Comissão Permanente decidiram também propor às Cáritas diocesanas a colaboração na campanha “Dez milhões de estrelas, um gesto de paz” que visa a promoção da reconciliação, da solidariedade e da paz. “As consequências para Portugal do alargamento da União Europeia” será o tema do próximo Conselho Geral da Cáritas portuguesa e a retoma “da revista «Cáritas», com a periodicidade trimestral” – foram outros pontos de reflexão da reunião.