Igreja apela à reconciliação no Uruguai

O Presidente da Conferência Episcopal do Uruguai (CEU), D. Pablo Jaime Galimberti di Vietri, considerou que a atitude do Executivo e das autoridades militares, sobre o destino dos cadáveres dos desaparecidos, permitirá alcançar finalmente a reconciliação da sociedade. Calcula-se que aproximadamente 30 opositores ao regime militar foram ilegalmente presos na ditadura que esteve no poder entre 1973 e 1985, e que permanecem desaparecidos 20 anos depois de instituída a democracia. Para D. Galimberti di Vietri, “por parte do Executivo há uma decisão de esclarecer definitivamente tudo o que for possível, sempre dentro dos limites da Lei de Caducidade, quanto ao destino dos desaparecidos”. O presidente da CUE, contudo, refere que é importante saber se “esta vontade do governo está a ser correspondida pelos superiores militares”. D. Galimberti di Vietri presume que, conseguindo-se encontrar os restos mortais dos presos desaparecidos ou outras evidências durante as investigações, “os militares assumirão publicamente suas responsabilidades”. “Os desaparecidos não serão devolvidos, mas isso será um elemento importantíssimo para a reconciliação”, afirmou. A respeito das famílias dos presos desaparecidos, D. Galimberti di Vietri disse “estar a colaborar para que essas famílias, que sofreram perdas irreparáveis, possam recuperar, sem rancores, a paz plena”.

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