Mais de um milhar de militantes dos Cursilhos de Cristandade de Viana do Castelo acorreram a Vilar de Mouros, Caminha, para celebrarem, dia 22 de Junho, o seu Encontro Diocesano (Ultreia), comemorando os 25 anos de existência e serviço do Movimento nas comunidades diocesanas. Na celebração eucarística que encerrou o encontro, D. José Pedreira disse que o Movimento dos Cursilhos de Cristandade é “um motivo de esperança” porque os seus membros estão “activos em quase todos os sectores da pastoral diocesana”, desafiando-os a participarem com “grande empenho nos trabalhos do Sínodo Diocesano”. Contudo, D. José Pereira lamenta que muitos não se tenham ainda apercebido das “maravilhas que o Senhor está a suscitar na sua Igreja em todo o mundo, particularmente depois do Concílio Vaticano II”. Essas maravilhas elencadas pelo Prelado de Viana do Castelo passam pelo “despertar dos leigos para a sua missão”, por uma busca maior de formação para o aprofundamento da fé e por novos ministérios nas comunidades, que “cheios de dinamismo e compromisso cristão” respondem aos desafios actuais da fé e do mundo. Este encontro diocesano, sob o lema imperativo “Conhece e dinamiza os ambientes”, proporcionou um momento de reflexão e formação que englobou a participação de diversos militantes. Ilda Vilarinho, de Vilar de Mouros, reflectindo sobre a temática do encontro, traçou um quadro, com tintas escuras, da nossa sociedade assinalando as suas crises: “vão desde o ambiente natural ao próprio homem”. Dirigindo-se aos seus correligionários, contou que a intervenção no seu “ambiente de todos os dias” exige um conhecimento realístico da situação. Devemos “optar por fazer aquilo que realmente está ao nosso alcance poder fazer” – comentou. Insistindo nesta ideia, frisou que as situações não se compadecem com os nossos mais altos pensamentos, por muito nobres que eles sejam. Mas “é necessário passar à prática” – disse Ilda Vilarinho. Num desafio a todos os militantes do movimento, Ilda Vilarinho chamou atenção para a necessidade de ser feito um levantamento das reais carências existentes nas comunidades, no seus diversos ambientes, porque só com uma “tomada de consciência autêntica e concreta das situações” é que se poderá prevenir “a perda de tempo em actuações precipitadas”.
