Situação económica e social tem vindo a piorar «de dia para dia»
Lisboa, 07 jun 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica está empenhada no apoio às pessoas atingidas pela crise na Venezuela, cujo número tem vindo a subir “de dia para dia”, com realce para as comunidades portuguesas.
De acordo com a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), numa altura em que o país atravessa o momento “mais grave da sua história”, em termos económicos e sociais, a prioridade tem sido “providenciar ajuda de emergência às populações mais afetadas”, especialmente ao nível da alimentação e dos bens mais básicos.
Esta “situação crítica” tem afetado “também a numerosa comunidade portuguesa”, com muitos a saírem para nações vizinhas e mesmo para Portugal.
Uma das iniciativas da AIS para contrariar a onda de fome, devido à subida de preços, é a campanha ‘Enchamos as panelas’, que se traduziu inicialmente “em refeições para cerca de 15 mil pessoas”.
Refira-se que atualmente, devido à subida da inflação, por exemplo “um quilo de leite em pó custa mais do que o salário médio mensal” praticado na Venezuela, “que corresponde a cerca de euros”.
A par de um trabalho feito em parceria com a Cáritas Venezuela, e com outras instituições no terreno, a AIS tem procurado a comunidade internacional, a partir dos seus diversos secretariados internacionais, em Portugal e Espanha por exemplo.
Com o intuito de envolver mais as comunidades católicas, a peregrinação internacional da AIS ao Santuário de Fátima, em setembro de 2017, foi dedicada à oração pelo povo venezuelano.
A iniciativa contou com a participação do bispo de La Guaira, D. Raul Castillo, que teve oportunidade de deixar, “de viva voz, ao mundo”, o grito da Venezuela para o mundo e a “urgência” que há em apoiar esta causa.
“Nós estamos muito agradecidos a tantos benfeitores que nos ajudam a ajudar, que nos ajudam a que possamos continuar a ser uma esperança, uma luz para tantos jovens, doentes, crianças, idosos que necessitam de uma presença pastoral… e uma presença pastoral é muito importante para eles”, disse D. Raul em Portugal.
JCP