Prioresa do Carmelo de Coimbra fala da sua menina

Testemunho sobre a morte da Irmã Lúcia A prioresa do Carmelo de Coimbra revela, em entrevista exclusiva ao programa ECCESIA, que a Irmã Lúcia se tinha tornado “a nossa menina”. “Desde o dia 21 de Novembro, que foi quando piorou, ela tornou-se mais dependente de nós e passámos a tratá-la como a nossa menina”, afirma comovida. A sua partida deixa alguma tristeza. “Fazia parte da nossa vida e, como devem compreender, num Carmelo, numa vida de clausura, esse contacto é de 24 horas por dia”, constata a prioresa. A Comunidade do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi a casa da Irmã Lúcia desde 1948. Menos de 20 irmãs partilharam intimamente os últimos momentos da Vidente de Fátima. A Ir. Maria Celina de Jesus, pastora como a Vidente, conviveu com ela 28 anos e considerava a Irmã Lúcia como “a jóia do Convento”, mas adianta que “a sua vida dentro do Carmelo era igual à das outras, embora a idade a tenha tornado mais frágil e a médica a tenha aconselhado a resguardar-se do frio, pelo que ouvia a Missa da sua cela”, relata. Nem mesmo o “peso” do segredo, que Lúcia carregou consigo durante décadas, modificava a humildade e a simplicidade da pastorinha. A prioresa do Carmelo de Santa Teresa recorda mesmo que, da primeira vez que contactou com ela, “estive oito dias sem saber que era a Lúcia de Fátima”. A ligação da Vidente aos Papas, à conversão da Rússia, à mensagem de Fátima é interpretada por esta religiosa Carmelita como o cumprimento de uma missão muito própria. “Não foi a Irmã Lúcia quem quis dar essa mensagem, ela foi encarregada de levá-la aos outros”, considera. A prioresa do Carmelo de Santa Teresa fez questão de destacar “a normalidade das suas conversas”, vincando que as restantes irmãs “não faziam perguntas”. Sobre o futuro sem a presença da Irmã Lúcia, Ir. Maria Celina de Jesus mostra a certeza de que “ela está connosco, de outra forma”. Um eventual despertar de vocações para a Vida Contemplativa, motivado pelo exemplo de vida da pastorinha, é uma hipótese que a prioresa do Carmelo de Coimbra vê com agrado. “Por acaso, a minha vocação nasceu quando ouvi falar desta casa em que a pastorinha vivia só para rezar”, lembrou. Parte desta entrevista será emitida no programa ECCLESIA de amanhã, quinta-feira, pelas 18h00, na :2. Entrevista na íntegra O Carmelo de Coimbra sem a Irmã Lúcia

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