A produção manual de hóstias teve de ser substituída por máquinas industriais no Mosteiro da Senhora das Mercês, Ilha Terceira, Açores, que semanalmente fabrica cerca de 60 mil unidades para responder às encomendas de várias ilhas. “Há ainda algumas paróquias que têm pessoas que sabem fazer as hóstias, mas a maioria compra no mosteiro”, afirmou à agência Lusa a irmã Verónica, que vive em clausura na ilha de São Miguel, há 30 anos. Desde a fundação do Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, em 1977, que as irmãs Clarissas se dedicam à confecção de hóstias para obter algum rendimento, sendo mesmo um dos principais locais de produção de hóstias no arquipélago. Mas há cerca de três anos, tiveram de adquirir máquinas industriais novas para cozer e cortar as hóstias, utilizadas nas celebrações eucarísticas da igreja Católica. “Anteriormente, grande parte do trabalho era feito manualmente, dado que tínhamos umas máquinas antigas, mas agora com as máquinas novas é muito mais rápido e menos cansativo”, salientou a religiosa natural da ilha da Madeira, que é a responsável pelo corte da massa e ensacamento. Por se tratar de uma ordem contemplativa e sem contacto com o mundo exterior, as encomendas são feitas por telefone e as hóstias enviadas pelo correio para as paróquias, adiantou a irmã Verónica, que, conjuntamente com mais duas religiosas, se dedica a cem por cento a esta actividade, para não haver atrasos nas encomendas. Além das hóstias, algumas religiosas dedicam-se também à produção de terços, para vender aos fiéis que ocorrem ao mosteiro durante todo o ano, sempre através de uma “roda”, junto à Capela, que evita o contacto presencial. Redacção/Lusa