50 anos nas missões

Os leigos são “fundamentais no mundo das missões” – confessou à Agência ECCLESIA o bispo emérito de S. Tomé e Príncipe, D. Abílio Ribas, a propósito do Dia Mundial das Missões. O prelado esteve 22 anos naquele país lusófono e relatou que uma das apostas passou pela educação escolar. “Sem os leigos não conseguiria levar este projecto para a frente”. No campo da assistência social, os leigos deram também “uma ajuda preciosa”. Natural da diocese de Viana do Castelo, D. Abílio tem 76 anos. Passou 22 anos em S. Tomé e Príncipe e 27 anos em Angola. Desde os fins de Abril deste ano que reside em Portugal (o bispo actual é D. Manuel António dos Santos) mas tenho “intenção de voltar àquele país” e acompanha o “desenrolar dos acontecimentos”. Sendo um país insular tem “as dificuldades próprias” mas “tem muitas potencialidades”. Como doou uma parte da sua vida a S. Tomé, D. Abílio Ribas ainda se refere com frequentemente ao “seu S. Tomé”. A riqueza daquele país lusófono está na agricultura que “caiu imenso com as independências”. Consequentemente, o país entrou numa “crise económica da qual ainda não saiu”. Os missionários têm assumido um papel de “extrema importância” para que o país saia “deste período negro” – afirmou o bispo emérito. E acrescenta: “têm feito um trabalho no campo social muito considerável”. Ao fazer uma avaliação do seu munus episcopal naquele país africano, D. Abílio Ribas sublinha que os “anos passaram muito depressa” mas “sentia-me em casa”. Para um são-tomense, o português é “um dos nossos”. “Eles reconhecem o trabalho dos missionários” – relatou. Amanhã celebra-se o Dia Mundial das Missões. D. Abílio Ribas pede ao “exército da Igreja que ajude S. Tomé”. O Dia Mundial das Missões deve intensificar a “união intima entre a rectaguarda e a vanguarda deste exército para chegarmos a bom porto”.

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