«Misereor» é o nome de uma instituição que ajuda os mais pobres, fundada em 1958, e foi a palavra que Jesus disse quando via as multidões que não tinham comida. O meio século da benemérita actividade é recordada numa Mensagem escrita em nome de Bento XVI pelo cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, e endereçada, entre outros, ao arcebispo de Hamburgo, Werner Thissen, que representa a “Misereor” dentro da Conferência Episcopal Alemã. Fundada pelo então cardeal-arcebispo de Colónia, Josef Frings, a «Misereor» estará no centro da Conferência promovida em Joanesburgo, na África do Sul, de 8 a 10 deste mês, da qual participarão os bispos da Alemanha, América Latina, Ásia e da Oceânia. Durante estes 50 anos – lê-se na Mensagem – “foi lançada uma sólida ponte sobre o abismo entre abastados e necessitados”, que tornou a “Misereor”, “num certo modo, um sucesso comum da Igreja nos continentes do sul do mundo e na Alemanha: doentes, famintos, famílias às quais faltam as bases assistenciais, crianças e jovens privados de formação escolar e profissional adquire – lê-se ainda – esperança e perspectiva para o futuro mediante os projectos de auto-ajuda das Igrejas locais promovidos pela Misereor”. Há Cinquenta anos atrás como hoje – afirma Bento XVI através do Cardeal Bertone – não mudou o espírito que anima a Obra: expressão do facto “que a nossa necessidade pessoal e a nossa experiência da compaixão divina – que Cristo nos dá e a Igreja nos faz conhecer – chamam a nossa atenção para as necessidades do próximo e desafiam-nos a partilhar com ele os tesouros da fé, mas também os bens materiais”.