5 de outubro: Uns gozam o feriado, outros trabalham para o bem comum

Na autarquia ou na promoção da economia circular, são muitos os exemplos de quem «dá o passo de acordo com as suas pernas» e compromete-se com a construção da sociedade de que faz parte

Lisboa, 5 out 2024 (Ecclesia) – A palavra “República” resulta da composição dos termos latinos “res” (coisa) e “publica” (que é do povo, que pertence a todos) e foi implantada em Portugal há 114 anos.

Na Assembleia da República, também conhecida como a “casa da democracia”, estão os deputados eleitos, a quem o Governo, que têm por missão governar o país, presta contas.

A descrição é simplista e injusta, desde logo porque muitos não se conformam com o papel de ser governados e tomam a iniciativa de ser construtores da realidade que habitam, como mostra o programa 70X7, a emitir este domingo na RTP2, que foi ao encontro de quem habita o mundo a pensar nos outros.

Mário Ferreira, um técnico de máquinas de venda automática, entendeu que a profissão não o impede de dar mais de si em favor da comunidade.

“Fizeram-me o convite e fiquei em choque. A minha mulher é que me convenceu, ao reconhecer o meu gosto em me dedicar a causas e à comunidade”, confessa.

Candidatou-se, foi eleito e hoje concilia a profissão com a gestão dos desafios que se colocam aos fregueses de Pegões, no distrito de Setúbal, apostado em contribuir para a “felicidade dos outros”.

“Sou escuteiro desde os seis anos e sempre me marcou a expressão de Baden Powell: O meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros”, afirma.

Ser um bom profissional, ajudar a comunidade como presidente de Junta de Freguesia de Pegões e ser educador de crianças e jovens como dirigente no Corpo Nacional de Escutas são três dimensões da vida de Mário Ferreira.

Ficar à espera que as soluções venham de cima é típico de quem se limita aos seus interesses, mas há quem não se conformam com isso, como acontece em torno da Dona Ajuda, que quis pegar na generosidade de alguns e colocá-la ao serviço de quem mais precisa.

Bens doados são triados, disponibilizados a quem quiser comprar e a receita é encaminhada para auxílio de diversas instituições; uma experiência de economia circular que pode visitar em Lisboa no antigo mercado do Rato, possível graças à parceria com outras organizações, como é o caso da cooperativa Fruta Fresca com os seus cabazes.

“Gosto de fazer pontes entre as pessoas, ir ao encontro da que tem mais para que possa canalizar um pouco para quem tem menos”, diz Cristina Veloso que está na Dona Ajuda desde o início.

Para a responsável da Dona Ajuda, não se pode “ficar à espera” da classe políotica, porque todos são responsáveis e “cada um deve dar o passo de acordo com as suas pernas”.

Estes dois casos de quem não se limita a pensar no seu bem-estar, mas que se realiza construindo um mundo melhor ao seu redor são Exemplos de quem assume verdadeiramente a República e vão ser apresentados este domingo na RTP2, pelas 18h45, no programa 70X7.

HM/PR

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