30 anos a defender e promover a vida

Famílias são a aposta do Movimento de Defesa da Vida O Movimento de Defesa da Vida, MDV, é uma Instituição de Solidariedade Social sem fins lucrativos, que desde a sua fundação, em 1977, defende e promove a vida em todas as circunstâncias. A sua acção centra-se na luta pelos direitos dos homens, na promoção da mulher, na afirmação dos valores éticos fundamentais, na procura de maior qualidade de vida e apoio a pessoas, casais e famílias. A base é mesmo a família, como afirma à Agência ECCLESIA a Vice Presidente do MDV, Graça Delgado. “Só é possível promover a educação através da família”. Aos poucos o trabalho que desenvolviam de educação sexual foi-se alargando, nomeadamente na área do planeamento familiar, “mas depois na área das relações conjugais, das relações familiares, na promoção da qualidade de vida das famílias”, acrescenta Graça Delgado. Muitas actividades desenvolvidas nas escolas marcam o trabalho deste Movimento. Mas não só. “Investimos também na formação de professores na educação sexual e promoção familiar”, afirma, formação em geral através de uma pós graduação de Educação na Sexualidade, “que, criada recentemente, abre em Janeiro uma segunda edição, em parceria com o Instituto Superior de Educação e Cultura”. Desenvolvem, mais recentemente um trabalho com pais e famílias em atendimento individual ou casal, numa forma de terapia familiar e orientação conjugal. Outra área desenvolvida recentemente é a intervenção junto de famílias com crianças em risco, “feita em casa das próprias famílias, provocando efectivas mudanças para evitar retirar as crianças do agregado familiar”, explica a Vice Presidente, que adianta “Considero que existe algum descrédito na capacidade dos pais enquanto educadores e resultante disto faz-se pouco trabalho com os pais. Insistimos que o trabalho tem de passar pelas famílias nas escolas”, sublinha. As suas actividades a nível nacional passam por, inúmeras acções junto dos jovens, “contabilizamos no ano passado cerca de seis ou sete mil jovens com quem trabalhámos”, exemplifica Graça Delgado. Mas apostam também na publicação de livros e estudos, realizam conferências e congressos para aprofundar e investigar estas temáticas e promovem formação nas áreas de Educação Sexual, Planeamento Familiar, Projecto Família (Homebuilders), Orientação. Este trabalho é desenvolvido “com mais ou menos dificuldades, às vezes com apoio do Estado outras vezes sem esse apoio e recentemente foi cancelado um protocolo com o Ministério da Educação”, aponta a vice presidente, que diz sentir um “grande travão à educação sexual nas escolas, que podia aproveitar toda a experiência dos movimentos que estão no terreno e não o faz”. Graça Delgado dá conta do Movimento ser aconfessional e apolítico. “Desde 1984, altura da aprovação da lei para a despenalização do aborto nas três circunstâncias previstas, o MDV investiu na formação de agentes de educação, professores, pais, pessoal de saúde na área do planeamento familiar e educação sexual”, afirma. Tanto Presidente como Vice Presidente são mandatários de duas organizações pelo «Não», mas o MDV não participa de nenhuma campanha específica. “Estamos sim abertos a promover e participar em todas as acções de esclarecimento que nos solicitem, como já tem acontecido”, finaliza.

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Agência ECCLESIA

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