2ºaniversário: JMJ Lisboa 2023 permitiu aos jovens «alargarem horizontes» sobre a «universalidade» da Igreja – Vasco Gonçalves

Coordenador do Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal e Eva Rodrigues, da Diocese de Santarém, abordam impacto do encontro mundial com o Papa nas realidades diocesanas

Foto: JMJ Lisboa 2023/Arlindo Homem

Lisboa, 02 ago 2025 (Ecclesia) – Eva Rodrigues, da Diocese de Santarém, e Vasco Gonçalves, da Diocese de Setúbal, consideram que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa (JMJ) 2023, que celebra dois anos, permitiu aos jovens alargarem horizontes sobre “a universalidade da Igreja”.

“O envolvimento na Jornada Mundial da Juventude trouxe aqui um impulso muito grande para os jovens alargarem horizontes para perceberem que a Igreja não é só a sua paróquia, não é só a sua vigararia, nem mesmo só a sua diocese, no fundo é uma igreja universal no mundo inteiro”, afirmou o coordenador do Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal.

“Ganhamos esta dimensão de universalidade na igreja”, frisou Vasco Gonçalves.

Em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido esta sexta-feira na RTP2, o responsável aponta o desejo de dar continuidade a esta “caminhada de fraternidade universal”

O mais marcante na jornada, para a maior parte das pessoas, foi mesmo este sentido de perceber que a Igreja é muito grande, e a Igreja é muito jovem, não é algo envelhecido, como às vezes se pensa”, afirmou Eva Rodrigues.

Em Santarém, a entrevistada dá conta que a edição internacional da JMJ em Lisboa, que reuniu milhares de jovens na capital portuguesa, foi catalisadora do maior envolvimento dos jovens na paróquia do Cartaxo.

“Foi muito significativo, portanto eu falo com base na minha paróquia, nós não tínhamos um grupo de jovens estruturado, formado, havia os jovens do coro, os jovens dos escuteiros, mas a jornada neste caso veio-nos dizer assim. ‘Bem, tivemos isto, não vamos reduzir isto a uma semana, vamos criar um grupo de jovens’”, relata.

Eva Rodrigues conta que aqueles que antes da JMJ não estavam integrados no serviço de leitores e catequese, fazem agora parte do grupo de jovens, estando a maior parte deles integrados noutros serviços: “Foi o maior ganho”.

Vasco Gonçalves, que durante a jornada participou no Comité Organizador Diocesano de Setúbal, sublinha que o mesmo se verificou na realidade daquele território.

Foto: JMJ Lisboa 2023

“Muitos grupos que estavam se calhar já desativados, já estavam com poucos jovens, sentiram aqui um reacender da chama com a jornada”, confirma.

O responsável realça que “os jovens tornaram-se protagonistas” e que “foi esse o grande desafio” da JMJ, isto é, serem os responsáveis paroquias, vicariais, e de tomarem a iniciativa de liderarem as próprias equipas, com os próprios voluntários.

“Isso foi bastante positivo e é esta dinâmica que tem que se dar continuidade, no fundo desta liderança e deste protagonismo juvenil, que os jovens pedem e que nós temos que corresponder desta forma”, apontou.

Tal foi tido em conta durante o último ano para a preparação do Jubileu dos Jovens, indica Vasco Gonçalves, através de quatro encontro preparatórios, onde os jovens foram envolvidos com a ajuda da equipa formadora do seminário.

“Tivemos esse cuidado, de facto é isso que os jovens pedem e o Papa Francisco também desafiava muito os jovens a não estarem à espera que seja o animador, que seja o chefe dos escuteiros, que seja o padre [a tomar iniciativa]”, refere.

“Não se deixem ficar no sofá, como dizia muito o Papa Francisco, portanto é este o desafio que nós temos pela frente, é continuar este protagonismo juvenil dando-lhes os instrumentos e eles que liderem o processo”, acrescentou Vasco Gonçalves.

Lisboa acolheu o maior encontro mundial de jovens com o Papa, entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas por Francisco no antigo Parque Tejo, atual Parque Papa Francisco.

A próxima edição da JMJ realiza-se em Seul, na Coreia do Sul, em 2027.

PR/LJ/OC

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